segunda-feira, 1 de agosto de 2011

UM SERVO CHAMADO JOHN STOTT

Semana passada a comunidade evangélica mundial perdeu uma de suas figuras mais importantes no século XX: o britânico John Stott. Nascido em 27 de abril 1921, no ano de 1950 tornou-se presidente da Igreja All Souls, em Londres.  Estudou na Trinity College Cambrigde, onde se formou em primeiro lugar da classe tanto em francês como em teologia. Foi também Doutor Honorário por várias universidades, na Inglaterra, nos Estados Unidos e no Canadá.


Stott deixou uma vasta contribuição literária para a teologia. Entre seus títulos mais conhecidos do público brasileiro estão Cristianismo Básico, Crer é Também Pensar, Porque Sou Cristão, A Cruz de Cristo, Eu Creio na Pregação, Firmados na Fé, Cristianismo Equilibrado, Entenda a Bíblia, Cristianismo Autêntico, O Perfil do Pregador, e Ouça o Espírito, ouça o mundo. Ao todo, sua obra consta de mais de 40 livros e centenas de artigos voltados para a edificação da comunidade cristã universal.

John Stott, juntamente com o equatoriano René Padilla, foi uma das vozes mais importantes do 1º Congresso Mundial de Evangelização, realizado em 1974 na cidade de Lausanne, na Suíça. Deste evento resultou um documento chamado Pacto de Lausanne, escrito por Stott, que se tornou paradigmático para a vida de muitas comunidades evangélicas em todo o mundo. O objetivo do Pacto de Lausanne é chamar as igrejas evangélicas a reexaminarem a sua missão à luz dos novos desafios colocados em sua época. O documento reflete uma maneira de se pensar e de se agir que nas igrejas evangélicas ficou conhecido como “Teologia da Missão Integral”.

Louvamos a Deus pelos 90 anos vividos por John Stott, já que sua vida foi dedicada à tarefa de ajudar as igrejas cristãs a oxigenarem suas estruturas. Rogamos a Deus que não deixe faltar profetas e pessoas comprometidas com o seu Reino, da forma como foi John Stott. Rogamos a Deus para que as novas gerações dialoguem com o legado de pessoas como John Stott, para que o mundo seja renovado pela renovação da nossa mente.

domingo, 31 de julho de 2011

O QUE SIGNIFICA "ANDAR NA VERDADE"?


Olá pessoal!


Segue mais uma mensagem pregada por mim no culto vespertino da IBP, no dia 31/07/2011. Baseado no exemplo de vida de Gaio, registrado na 3ª Carta de João, levanto a seguinte pergunta: "O que significa 'andar na verdade'"? Confiram! Forte abraço a todos e todas!

Para assistir, clique aqui: http://www.ustream.tv/recorded/16363729


quinta-feira, 21 de julho de 2011

RESIST (By Rush)

Resist

(By Rush)

I can learn to resist
Anything but temptation
I can learn to co-exist
With anything but pain
I can learn to compromise
Anything but my desires
I can learn to get along
With all the things i can't explain
I can learn to resist
Anything but frustration
I can learn to persist
With anything but aiming low
I can learn to close my eyes
To anything but injustice
I can learn to get along
With all the things i don't know
You can surrender
Without a prayer
But never really pray
Without surrender
You can fight
Without ever winning
But never ever win
Without a fight

domingo, 17 de julho de 2011

A CONVERSÃO DE CORNÉLIO (Atos 10,1-8;44-48)

Olá pessoal!

Segue mais uma mensagem pregada por mim no culto vespertino da IBP, no dia 17/07. Nesta mensagem, partindo da narrativa da conversão de Cornélio em Atos 10,1-8;44-48, eu proponho pensarmos que"não há ninguém tão ruim que não possa ser transformado pelo Evangelho; e não há ninguém tão bom que não possa ser melhorado mais ainda pelo mesmo Evangelho".

Para assistir, clique aqui: http://www.ustream.tv/recorded/16074179

"COM JESUS NA CONTRAMÃO" - VEJA COMO FOI

Olá pessoal!


Vejam como foi o seminário "Com Jesus na contramão", que marcou a abertura do segundo semestre da Escola Bíblica da IBP.


Para assistir, clique aqui: http://www.ustream.tv/recorded/16060848


Grande abraço da Família IBP !!!

terça-feira, 12 de julho de 2011

SEMINÁRIO "COM JESUS NA CONTRAMÃO"

Olá pessoal!


No próximo domingo, dia 17/07, acontecerá na Igreja Batista do Pinheiro aqui em Maceió o seminário"Com Jesus na contramão"O seminário marca o início do segundo semestre de nossa Escola Bíblica Dominical, quando estudaremos o livro do Frei Carlos Mesters de mesmo título. A mesa de debates terá a seguinte composição:


Palestrante: Pr. Paulo Nascimento
Tema: O Jesus Histórico e os quatro evangelhos


Palestrante: Prª Odja Barros
Tema: Com Jesus na contramão 


Mediador: Prof. Ascânio Júnior


Será às 9:00h no templo da IBP. Adquira o livro venha estudá-lo conosco a fim de aprofundar sua consciência do Evangelho e do legado de Jesus de Nazaré.


Apareça!


Abraços da Família IBP !!!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

RESENHA DE "HOMOSSEXUALIDADE: PERSPECTIVAS CRISTÃS"

Homossexualidade: perspectivas cristãs é sem dúvida uma publicação corajosa e desafiadora. Seu aparecimento poderia ser considerado à luz dos novíssimos debates sobre a homossexualidade e suas reivindicações civis, quando os evangélicos brasileiros mostram que seu dissenso chega até esses campos, onde aparentemente habitava algum consenso. Entretanto, o livro é de 2008, quando essas discussões ainda não estavam na crista da onda. E é exatamente isso, a meu ver, que o torna atraente e especial. Não obstante, é impossível que uma resenha desse livro não seja afetada pelo debate que está em alta agora na comunidade evangélica brasileira, justamente porque é feita visando contribuir para ele.

O livro foi publicado pela Fonte Editorial, tem 184 páginas e está dividido em 12 capítulos. Os textos, embora estejam todos relacionados à mesma temática, são independentes, de tal maneira que a leitora e o leitor podem iniciar a leitura do ponto que quiser, sem prejuízo para a compreensão. Há uma breve apresentação de Sandra Duarte de Souza, doutora em Ciências da Religião pela UMESP (1999), e a tradução dos capítulos é de Jaci Maraschin.
Antes de entrar nos pormenores da discussão do livro, compete chamar a atenção para alguns elementos prévios que necessitam ser levados em consideração. É preciso levar em consideração a data do aparecimento dos textos. A maioria dos capítulos do livro foi escrita no fim da década de 1970. Alguns outros em meados da década de 1990 e outros na década de 2000, todos nos Estados Unidos. Esses três períodos onde os textos foram escritos devem sinalizar para o leitor acerca do pano-de-fundo que fomentou tais discussões. E não se pode perder de vista que, primariamente, é a estes contextos específicos que as reflexões presentes em Homossexualidade: perspectivas cristãs estão tentando responder. Também o fato de todos os textos terem sido escritos nos Estados Unidos deve ser levado em conta. As diferenças culturais, a terminologia, e os tópicos específicos que aparecem nos capítulos não são os mesmos que envolvem o atual debate sobre a homossexualidade e as igrejas no Brasil. 
Algumas diferenças em relação ao nosso atual contexto brasileiro dizem respeito, em primeiro lugar, ao fato de que o livro debate além da aceitação dos homossexuais como membros legítimos da comunidade cristã, a legitimidade de sua ordenação ao ministério eclesiástico. No Brasil, este segundo tópico parece ainda não ser o centro das discussões, visto que aqui as questões acerca dos direitos civis ganharam predileção, em função da eminência de certas políticas públicas com objetivos anti-homofóbicos (Programa Brasil sem homofobia e PL 122/2006).
Outra diferença diz respeito a certos modos de se tratar a problemática que foram profundamente modificadas desde então. Entre essas modificações, está o fato de que não se trata mais de focar o debate num suposto “estilo de vida homossexual”, naquela época compreendido como um “grupo de risco”. Todas as políticas de saúde pública da atualidade tratam com a categoria “comportamento de risco”, que se estende a homossexuais, bissexuais, travestis, e também aos heterossexuais.
Não obstante essas considerações, acreditamos que a publicação de Homossexualidade: perspectivas cristãs pode contribuir em muito para a qualificação do debate atual acerca da legitimidade da homossexualidade enquanto orientação sexual. A contextualidade das reflexões que o livro apresenta não nos desautoriza a recomendá-lo como ótima fonte de consulta na discussão deste tema. Além das contribuições de conteúdo, o livro também oferece uma metodologia a seguir quando se trata de pensar a homossexualidade com categorias bíblicas e cristãs. Tal metodologia pode ser resumida como um diálogo constante entre a tradição das fontes bíblicas e os resultados das ciências humanas e sociais.
Os autores, em sua maioria professores em instituições de ensino teológico protestantes, assumem uma postura de inclusão e de aceitação da legitimidade da experiência homossexual. As fontes bíblicas, constantemente reviradas em diversos capítulos, são consultadas com a mediação de recursos da exegese, que nos ajudam a compreender o pano-de-fundo de cada declaração bíblica acerca do tema. Uma linha comum de argumentação do livro reside na constatação de que a Bíblia não oferece categorias objetivas para se tratar do tema da homossexualidade, visto ser esta uma categoria muito tardia, ausente nas culturas que geraram o texto bíblico.
Os autores do livro tratam de separar aquilo que seria um comportamento homossexual praticado por pessoas heterossexuais num contexto de opressão, idolatria e auto-alienação, das atuais relações homoafetivas marcadas pela cumplicidade, pela reciprocidade e como decisão deliberada entre duas pessoas adultas do mesmo sexo. Os autores da Bíblia não conheceriam esta novíssima categoria, sendo que a negação dos comportamentos homossexuais, presente na Bíblia, se dirigiria a pessoas heterossexuais nos contextos rapidamente descritos logo acima.
Os três textos usados tradicionalmente pelas igrejas cristãs como fundamentos bíblico-teológicos para a negação da homossexualidade – Gn 19, Lev 18/22 e Rm 1 – recebem atenção especial emHomossexualidade: perspectivas cristãs. Os autores do livro revisitam a narrativa de Gn 19 em diálogo com recursos da exegese bíblica, para concluírem que, no lugar da negação de um determinado comportamento sexual, o texto apontaria para a denúncia da falta de hospitalidade, e para a prática da opressão e da injustiça social. Para reforçar esse ponto de vista, os autores apontam para o modo como a própria tradição bíblica, mormente o profetismo, releu o problema da “sodomia” não como uma transgressão da sexualidade, mas como um problema ético/social (cf. Ez 16,49). 
A tradição levítica é situada à luz do contexto social do Israel bíblico. No entanto, o ponto áureo desse tópico é a denúncia da seletividade ideológica que caracteriza a maioria dos intérpretes atuais do livro de Levítico, ao relegarem a perenidade e a obrigatoriedade da observação de tantos outros preceitos morais para além daqueles ligados aos comportamentos homossexuais. Rm 1, referência majoritária no Novo Testamento neste debate, é meditado à luz daquilo para o qual já apontamos, acerca da diferença não concebida por Paulo entre comportamento homossexual por pessoas heterossexuais num contexto de idolatria e auto-alienação, e as atuais relações homoafetivas que buscam se afirmar sobre outras bases. 
Além desse diálogo com as tradições bíblicas, outra interessante marca desta publicação é sua consulta constante ao material oriundo das ciências sociais e humanas, pelo menos no que se dispunha disso no período de produção desses textos. E é justamente a aproximação da produção científica que traz para essa discussão a categoria de “orientação sexual”, em lugar de “opção sexual”. O livro apresenta algumas discussões acerca da natureza e da gênese da homossexualidade, e reflete bem as inconclusões da época (que permanecem) quanto a este tópico. Um dos pontos mais controversos desse tópico em especial, é uma resenha de The construction of homossexuality (David Greenberg) presente no livro, de autoria de Don Browning. O autor do livro resenhado se utiliza de categorias do construcionismo social para pulverizar as concepções essencialistas que tentam explicar a gênese da sexualidade humana.
Se Homossexualidade: perspectivas cristãs já era um livro corajoso e interessante em 2008, quando silenciávamos acerca desse tema, agora muito mais quando certos discursos e ações tentam vender a impressão de um falso consenso na comunidade evangélica brasileira em relação aos homossexuais. É interessante saber que esse consenso nunca existiu, nem no Brasil nem em outros contextos. É interessante saber que, se por um lado o tema é tratado apressada e preconceituosamente por uma grande parcela de líderes e igrejas, por outro lado ele é tratado com preocupação séria, esforço disciplinado e mente aberta por líderes e igrejas pertencentes à mesmíssima comunidade evangélica.
É interessante saber que no lugar de uma perspectiva cristã, caracterizada pelo trato sisudo e rancoroso com que enfrenta a temática, há outras perspectivas cristãs para pensar as reivindicações civis e religiosas da homossexualidade, marcadas pela inclusão e pelo acolhimento de uma comunidade de pessoas historicamente consideradas de segunda categoria.
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VV. AA. Homossexualidade: perspectivas cristãs. Tradução de Jaci Maraschin, São Paulo: Fonte Editorial, 2008