quinta-feira, 17 de março de 2011

FOUCAULT E O CRISTIANISMO


A construção de uma “analítica do poder” – fase que ocupou os estudos genealógicos de Michel Foucault durante a década de 1970 – tem como objetivo uma investigação sobre a genealogia do sujeito moderno. Como estudioso das relações de poder nas culturas ocidentais, Foucault identificaria três grandes formas de exercício do poder, que poderiam ser descritas como paradigmáticas desde a modernidade. São elas: opoder pastoral, o poder disciplinar e o biopoder. São sucessivas modalidades históricas do exercício do poder, muito embora a ascensão de cada uma delas não elimine por completo elementos do paradigma anterior. Há elementos do poder pastoral e do poder disciplinar em nossa sociedade onde vige o biopoder.

terça-feira, 15 de março de 2011

MALIGNANT NARCISSISM (By Rush)


Depois dos casamentos tradicionais entre Teologia e Filosofia, Teologia e Sociologia, Teologia e Psicologia, Teologia e Literatura, e recentemente entre Teologia e MPB, proponho um casamento entre a Teologia e o Rock Progressivo. Obviamente, será exclusivamente no civil! Para iniciar, uma "senhora provocação" do Rush: Malignant Narcissism. Mas só para bons entendedores!

quinta-feira, 10 de março de 2011

CULPA E AÇÃO PSICOPASTORAL [Parte final]


Olá amigas e amigos! Segue abaixo a última parte de nosso artigo sobre Psicologia Pastoral. Continuem lendo. Mais uma vez, espero que gostem!
CULPA E AÇÃO PSICOPASTORAL [Parte final]
Buscando critérios para uma “pastoral da culpa”
3. A ELIMINAÇÃO DA CULPA
A culpa, enquanto realidade da condição humana, é um fenômeno universal, e como vem sendo descrito, apresenta-se sob diversas formas. Embora reconheçamos o lado positivo de certos sentimentos de culpa, como nos casos de culpa real ou existencial, devemos admitir que na maioria das vezes a culpa é algo que atormenta o ser humano, e algo do qual o homem deseja estar sempre isento, haja vista os sintomas físicos e emocionais que instiga, como veremos abaixo. A compreensão que temos das diversas formas pelas quais a culpa se presentifica no comportamento humano nos leva a crer que a eliminação desta deva ser abordada dentro das categorias próprias em cada situação. Dessa maneira, cabe-nos descrever quais os meios empregados pela psicologia em cada situação de culpa, assim como descrever a única maneira, a nosso ver, de fazer reconciliar o homem consigo mesmo diante da angústia existencial que lhe atormenta.

CULPA E AÇÃO PSICOPASTORAL [Parte 2]

Olá amigas e amigos! Segue abaixo a segunda parte de nosso artigo sobre Psicologia Pastoral. Continuem lendo. Mais uma vez, espero que gostem!

CULPA E AÇÃO PSICOPASTORAL [Parte 2]
Buscando critérios para uma “pastoral da culpa”

2. CLASSIFICAÇÃO DOS SENTIMENTOS DE CULPA

Se afirmamos acima que não há unanimidade na pesquisa quanto às origens dos sentimentos de culpa, podemos dizer que tão pouco há unanimidade quanto à sua classificação. A classificação faz-se necessário à psicologia, assim como à prática pastoral, para que a abordagem do tratamento com pessoas afligidas por sentimentos de culpa seja feita de acordo com a adequada situação que elas experimentam. Assim, começaremos fazendo algumas distinções importantes relativas à culpa, para prosseguirmos na classificação mais comum dentro da pesquisa psicológica, e ainda conferir outra possibilidade de classificação e abordagem do problema da culpa.

CULPA E AÇÃO PSICOPASTORAL [Parte 1]

Olá amigas e amigos! Segue abaixo um artigo que escrevi em 2004, por conta das atividades de um mestrado em Teologia. O artigo é do campo da Psicologia Pastoral. Como é um pouco extenso para um blog, publicarei em três partes. Espero que gostem!

CULPA E AÇÃO PSICOPASTORAL [Parte 1]
Buscando critérios para uma “pastoral da culpa”[1]
INTRODUÇÃO
Como nos lembra Gary R. Collins, o problema da culpa tem sido descrito como a ponte entre a religião e a psiquiatria. O presente texto se ocupará da realidade da culpa sob seus múltiplos aspectos (real, neurótica, existencial, etc.), suas causas como sugeridas pela psicanálise ortodoxa e por representantes de outras escolas psicoterapêuticas, e seus efeitos de ordem emocionais e fisiológicos, na busca por critérios que possibilitem ao cuidado pastoral uma abordagem eficaz de pessoas atormentadas por esses sentimentos. Instiga-nos o fato de que a religião pode ser, em sua tarefa de tratar das preocupações últimas do gênero humano, um instrumento fomentador de sentimentos de culpa, afinal, “apenas quem tem consciência de seu estado existencial pode ter condições reais de experimentar profundamente a sua culpa”. Contudo, o paradoxo está no fato de que, outra vez, só a religião tem condições autênticas de oferecer o elemento integrador da culpa na existência do homem, sem torná-lo um neurótico, e esse elemento é a graça de Deus. É justamente nisso que a pesquisa justifica-se a nós, visto que se convive ainda com um senso religioso de auto-expiação, onde o moralismo insuficiente toma o lugar do sentimento de “aceitação de ser aceito” (Paul Tillich), o único meio de integração da ansiedade da culpa que oprime sob diversas manifestações milhares de pessoas.