quinta-feira, 10 de março de 2011

CULPA E AÇÃO PSICOPASTORAL [Parte final]


Olá amigas e amigos! Segue abaixo a última parte de nosso artigo sobre Psicologia Pastoral. Continuem lendo. Mais uma vez, espero que gostem!
CULPA E AÇÃO PSICOPASTORAL [Parte final]
Buscando critérios para uma “pastoral da culpa”
3. A ELIMINAÇÃO DA CULPA
A culpa, enquanto realidade da condição humana, é um fenômeno universal, e como vem sendo descrito, apresenta-se sob diversas formas. Embora reconheçamos o lado positivo de certos sentimentos de culpa, como nos casos de culpa real ou existencial, devemos admitir que na maioria das vezes a culpa é algo que atormenta o ser humano, e algo do qual o homem deseja estar sempre isento, haja vista os sintomas físicos e emocionais que instiga, como veremos abaixo. A compreensão que temos das diversas formas pelas quais a culpa se presentifica no comportamento humano nos leva a crer que a eliminação desta deva ser abordada dentro das categorias próprias em cada situação. Dessa maneira, cabe-nos descrever quais os meios empregados pela psicologia em cada situação de culpa, assim como descrever a única maneira, a nosso ver, de fazer reconciliar o homem consigo mesmo diante da angústia existencial que lhe atormenta.
3.1 Sintomas físicos e emocionais decorrentes de sentimentos de culpa
Paul Tornier[1] (apud Hurding, 1995, p.376), dentro de sua experiência médica, observou que “muitas perturbações funcionais e também, em longo prazo, muitas lesões orgânicas são conseqüência direta de um remorso não solucionado”, e que dores de cabeça, insônia ou palpitação podem ter ligações diretas com uma mentira ou um caso amoroso ilícito, por exemplo. Toda vez que a tensão cresce num indivíduo sem ser liberada, o corpo enfraquece e eventualmente entra em colapso. Alguns psiquiatras consideram isto como uma forma de autopunição,pois, psicológica e emocionalmente é mais fácil carregar o peso de uma dor física do que o da culpa que de outra forma atrairia nossa atenção.
Gostaríamos de apresentar os sintomas físicos e emocionais decorrentes dos sentimentos de culpa que a pesquisa nos apresenta, mas ao mesmo tempo fugir da influência do dualismo corpo-alma da tradição cartesiana, visto ser impossível dissociar o físico do psíquico. As características clínicas de uma pessoa cronicamente perseguida pela culpa são facilmente identificadas: trata-se de pessoas tristes, melancólicas, pessimistas e deprimidas. Portanto, a culpa como produto de um superego muito rigoroso tem relevante papel na formação de sintomas emocionais.
Dentre as expressões físicas causadas pela culpa, pode-se mencionar os distúrbios hipocondríacos. O prof. Merval Rosa (2001a, p.75) nos oferece uma clara definição da hipocondria quando diz que se trata de uma
afecção mental em que há depressão e preocupação obsessiva com próprio estado de saúde: o doente,por efeito de sensações subjetivas, julga-se preso a condições mórbidas da realidade inexistentes e passa a procurar, permanentemente, tratamentos que, além de descabidos, são muitas vezes perigosos (medicações, intervenções cirúrgicas, etc.).
A hipocondria poderá traduzir-se em coceira, dor e anorexia, além de envolver especialmente a pele, o nariz, o abdome, o reto e as genitálias. Freqüentemente, a hipocondria está ligada à idéia da presença de um órgão enfermo.
Uma reação de caráter emocional do sentimento de culpa seria o masoquismo, cujas características salientam-se por martírio, predileção pelo sofrimento, tendência ao acidente, intolerância para com o sucesso e sabotagem da própria carreira profissional. Enfim, a culpa pode expressar-se emocionalmente como uma neurose obsessivo-compulsiva, ou seja, na fuga do adulto ao mundo infantil.
3.2 Meios psicopastorais de eliminação da culpa
A eliminação dos sentimentos de culpa constitui-se em ampla tarefa, defendida pela intervenção médica especializada, assim como setores estritamente teológicos. É interessante observar as recomendações de Schoot sobre os sentimentos de culpa que as pessoas freqüentemente expressam no confessionário, no que diz respeito à postura do pastor: a) de início, ele recomenda aos pastores o esforço por uma opinião diferenciada, certamente não reducionista; b) logo depois, leva os pastores a considerarem que tratar sentimentos de culpa infantis ou não autênticos como se fossem autênticos e maduros, pode leva r a quer esses sentimentos aumentem e se intensifiquem ainda mais; c) ainda aos pastores é lembrado sobre a importância de se contar com a possibilidade de, mesmo depois de vários anos, antigos sentimentos de culpa poderem vir à tona; e d) finalmente, Schoot lembra aos pastores que facilmente sentimentos de culpa infantis se tornam empecilho para sentimentos de culpa maduros, e pode acontecer, por exemplo, que alguém viva com um sentimento de culpa de que a masturbação é um erro imperdoável de sua adolescência, mas não percebe como culpa um ato abominável cujas conseqüências se estendem à atualidade.
Leon nos dá ainda outras valiosas contribuições na hora da abordagem dos sofrem por culpa. Ele começa por nos alertar que nem sempre é culpado quem afirma sê-lo. Muitos melancólicos se culparão por algo quer nunca cometeram. Também os pastores não devem aumentar o nível de culpa dos seus aconselhandos, mas devem usar métodos diferenciados em cada caso. Quando se tratar de um caso de culpa real, segundo ele, o pastor não deve levar em conta somente o fato, mas o que há por trás do fato. Não deve se deter tanto com “o quê” fez, mas com o “porquê” fez. Consideramos da mais alta importância os conselhos que se seguem, os quais transcrevemos na íntegra:
A pastoral não deve ser rudimentar no tratamento dos conflitos humanos. Também não deve ser autoritária, nem permissiva, nem repressora, nem liberal. Deve ser uma pastoral compreensiva que se aprofunde na psicologia das motivações (Leon, 2001, p.121).
A dica de Leon quanto à “psicologia das motivações” procede de sua compreensão da raiz dos sentimentos de culpa, isto é, uma tensão com a qual o superego castiga o ego por ter permitido a supremacia do id em algum momento da conduta humana, em termos cristãos, por ter pecado.
A bem da verdade, se o pastor possuir a habilidade de identificar o tipo de sentimento de culpa que atormenta o aconselhando, ele terá melhores chances de ajuda-lo em sua superação. Estamos cônscios de que, não apenas em casos relacionados a sentimentos de culpa, mas dentro de toda prática psicoterapêutica e pastoral, exige-se como premissa um profundo conhecimento de si mesmo por parte do psicoterapêuta ou do pastor. Com essa opinião corrobora o prof. Merval Rosa (2001b, p.49) quando afirma que “como ministros do evangelho, nossa atitude para com o homem é grandemente determinada por nossa auto-imagem, pela visão que temos de nossa natureza essencial”, por isso, “se quisermos alguma melhor em nosso trabalho, seremos forçados a olhar para dentro de nós mesmos” (Hillman, 1984, p.12). Focados particularmente na figura do pastor, gostaríamos de fechar essa seção concordando ser necessário portanto que
além do conhecimento pessoal de Deus o homem escolhido por Deus para o ministério pastoral deve ter um conhecimento razoável de si mesmo em termos de suas potencialidades e limitações, (...) [sendo assim] que o ministro do evangelho procure ter do seu semelhante [e de si mesmo] o melhor conhecimento possível, pois é este conhecimento que condicionará sua atitude para com o próximo e conseqüentemente o tipo de ministério que exercerá (Rosa, op. cit. p.88-89).
3.2.1 Pastoral da culpa real: o modelo de Clinebell
Pata tratarmos dos meios viáveis de eliminação da culpa real, escolhemos o modelo geral sugerido Clinebell (2000, p.137), que diz respeito aos cinco estágios seguintes: confrontação,confissãoperdãorestituição (e mudança do comportamento destrutivo) e reconciliação.A esse modelo faremos convergir as sugestões dos demais autores sobre a pastoral desse tipo de culpa.
O primeiro estágio refere-se à confrontação. Essa confrontação está baseada na autoridade do pastor, derivada da sua competência como orientador em questões éticas. O objetivo da confrontação é levar o aconselhando à autoconfrontação, ou seja, ajudar as pessoas a encarar o comportamento prejudicial a elas mesmas e/ou a outros e a sentir a sua culpa. A confrontação é necessária ao passo que muitas pessoas não estão plenamente conscientes de seu comportamento destrutivo. Para que seu comportamento seja interrompido e para que sua culpa latente seja curada, ela precisa ser trazida à luz através de uma confrontação construtiva, afinal, culpa negada pode ser facilmente ignorada. Segundo Clinebell, os aconselhadores de nunca confrontam as pessoas, mesmo na devida oportunidade, estão praticando um “cruel amabilidade” (op. cit. p.139), pois a maioria das pessoas não começa a mudar enquanto não experimenta a dor causada por seu atual comportamento, e a confrontação pode ajuda-las a se tornar conscientes dessa dor[2].
A isso, deve-se seguir a confissão como segundo estágio. É imprescindível durante o processo de purificação e cura que o aconselhando experimente e expresse um doloroso sentimento de culpa. A genuína confissão tem função catártica, embora não seja catarse em si, e pode ser feita ao aconselhador ou à comunidade. É interessante lembrar que a fé evangélica não limita o ato da confissão a uma classe de clérigos, mas recomenda que seja feita também aos outros, com base na doutrina protestante do sacerdócio universal de todos os crentes, e no texto bíblico de Tg 5,16. Dos benefícios que uma genuína confissão pode trazer estão a superação da solidão, especialmente aquela solidão que é conseqüência do erro e do pecado, e a superação do acanhamento, escravidão e encadeamento.
Logo após a confissão deve seguir o perdão. O aconselhador deve servir como canal do perdão de Deus, em termos cristãos, pois isso é parte de suas funções pastorais e sacerdotais. No exercício de suas atividades como conselheiro, o pastor tem à sua disposição a doutrina bíblica do perdão, sintetizada pelo prof. Merval Rosa sob seu tríplice aspecto: a primeira dimensão do perdão a ser salientada é a vertical, que trata do perdão que Deus concede ao homem mediante a confissão sincera de seu delito; a segunda dimensão do perdão é a horizontal, que trata do perdão do homem ao seu próximo; e a última dimensão do perdão é a de profundidade,que trata do perdão do próprio eu, isto é, do perdão fundamental que o homem deve dispensar a si mesmo.
O passo seguinte no processo de eliminação da culpa é a restituição, seguida da mudança do comportamento que originou a culpa real. A restituição, ou reparação, consiste naquilo que o homem pode fazer em termos práticos, visando à reparação às pessoas (ou a si mesmo) que tivessem sido prejudicadas, além daquilo que ele teria aprendido de toda a experiência no sentido de ajuda-lo a evitar a repetição de seu comportamento danoso para ele mesmo, ou para outras pessoas. Como último estágio desse processo, resulta a reconciliação. A reconciliação é na verdade mais um resultado de alguém que se submeteu a esses estágios para eliminar a sua culpa.É um estado no qual o indivíduo se encontra: um relacionamento curado com Deus, consigo mesmo e com as pessoas das quais ele havia se alienado.
3.2.2 Pastoral da culpa neurótica: alternativas psicoterapêuticas
Conforme Clinebell (apud Rosa, 2001b, p.53), o objetivo do aconselhamento com pessoas atormentadas por sentimentos de culpa neurótica é ajuda-las a conseguir uma consciência cristã mais aceitadora. Nesses casos, o auxílio que os pastores podem prestar a tais pessoas consiste em exercitar a capacidade de seu “Adulto interior” de examinar valores rivalizantes e de afirmar que aqueles são compatíveis com o que essas pessoas entendem por uma vida boa. Em outras palavras, isso significa ajudar as pessoas a desfazer-se da submissão da “Criança interior” e colocar o “Adulto interior” na direção da consciência. O “espancamento psicológico” poderá diminuir tais sentimentos de culpa, pois o aconselhando poderá usá-lo como meio de expiação neurótica por certo período, mas os resultados não seriam duradouros[3]. Apesar dessas recomendações, Clinebell, acompanhado de muitos autores, concorda que nesses casos exige-se esforço psicoterapêutico prolongado. A esse respeito Leon afirma que a pastoral pode cuidar dos casos não graves desse tipo de culpa, enquanto a psicoterapia cuidaria daqueles que escapassem às possibilidades pastorais. Em sua opinião, uma boa definição do objetivo fundamental da psicologia pastoral diante da culpa neurótica é “transformar a miséria neurótica em infelicidade comum,ou seja, converter a culpa neurótica em culpa existencial” (Leon, 2001, p. 129), porque em sua opinião aquele que padece de culpa existencial alcançou um nível adequado de saúde mental. Todavia, gostaríamos de tratar ainda da atitude da pastoral diante da culpa existencial, que não pode ser fundamentada na ajuda psicoterapêutica, mas que encontra fundamento em outra fonte.
3.2.3 Pastoral da culpa existencial: a experiência da graça como coragem de ser
Novamente, parece haver relativo consenso acerca da experiência da culpa existencial enquanto fenômeno humano e universal. Arriscaremos dizer que tal estado de ser é inerente à natureza do homem enquanto alienado do seu poder ser essencial, sendo, portanto, inexpiável. De outra forma, nos atrevemos a dizer que o objetivo da psicoterapia e do aconselhamento pastoral diante da culpa existencial, é fazer com que o aconselhando viva satisfatoriamente com ela. Para o prof. Merval Rosa, todos esses mecanismos usados na eliminação da culpa apresentados aqui podem funcionar como paliativos, mas o mais eficiente seria a aceitação da realidade da culpa, seguida da dependência irrestrita da graça de Deus para o perdão dos delitos humanos. Este autor reconhece que este não é um caminho fácil, visto que as pessoas que anseiam ardentemente pela graça são as que têm maior dificuldade de aceita-la. Não há, em sua opinião, nenhuma chance de remoção da culpa na psiquiatria ou na psicologia, apenas na graça de Deus. Aceitar essa graça significa saber que nosso esforço moral é vão para expiar a nossa culpa, e não aceitar e graça e o perdão de Deus e tentar uma auto-redenção por méritos próprios ou atos piedosos seria a mais grosseira forma de idolatria.
Semelhantemente, para Tillich, a ansiedade da culpa é vencida somente pelo que ele chama de “coragem da confiança”, que está enraizada na certeza pessoal, total e imediata do perdão divino. Esta coragem da confiança teria tido sua maior predominância historicamente no protestantismo genuíno. Uma definição simples para este estado existencial seria “a coragem de aceitar-se como sendo aceito, a despeito de se ser inaceitável” (Tillich, 1992, p. 128). O que há de peculiar nessa aceitação, é que se trata de uma aceitação do indivíduo em sua integralidade, em suas ambigüidades e em seus limites:
E decisivo para esta auto-afirmação é o fato de ela ser independente de qualquer condição prévia moral, intelectual ou religiosa: não é o bom, ou o sábio, ou o piedoso, quem está destinado à coragem de aceitar a aceitação, mas aqueles que são faltos de todas essas qualidades e estão certos de serem inaceitáveis (loc.cit).
Esta auto-aceitação não significaria a aceitação de si como si próprio, pois a despeito da ansiedade da culpa, ela pressupõe a participação em algo que transcenda o eu, visto que uma aceitação de si como si próprio significa a negação da culpa pessoal. Qualquer conselheiro que tente convencer seu aconselhando de que ele não é culpado, estaria prestando a ele um grande desserviço, impedindo-o de incorporar sua culpa à sua auto-afirmação.
Segundo Tillich, deve-se transformar os sentimentos de culpa neuróticos[4] em genuínos, que devem ser colocados em seu lugar certo, sem nega-los, condena-los ou encobri-los. Para ele, é nesse ponto que a “aceitação de ser aceito” da religião transcende a cura médica, porque apela para a fonte básica do poder que cura pela aceitação do inaceitável: Deus. Esta seria, segundo ele, a única e fundamental fonte de uma coragem de ser que é capaz de incorporar a ansiedade da culpa e da condenação, rejeitando qualquer outra base para a coragem de ser, não só como insuficiente, mas porque conduziria a mais culpa e a ansiedade mais profunda.  
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Este trabalho consistiu na tentativa de abordar o problema da culpa de forma panorâmica. Nosso primeiro passo concentrou-se em descrever os resultados da pesquisa em torno das causas para os sentimentos de culpa. A esse fim, descrevemos a posição da psicanálise ortodoxa (ancorada em seu fundador), para quem a culpa tem caráter estritamente neurótico, antes que real ou existencial, além de ser o elemento gerador de certos delitos do homem, e não o contrário, como comumente se costuma concluir. Avaliamos ainda a posição de outros autores, que contribuíram com outras possibilidades de ver o mesmo problema, quase de forma consensual contra a postura psicanalítica ortodoxa, colocando a culpa como a transgressão de limites impostos pela consciência, e como elemento gerador da ansiedade humana.
Nosso segundo passo consistiu em oferecer uma classificação coerente dos diversos tipos de culpa, principiando por fazer importantes distinções que nos auxiliam a estabelecer limites entre sentimento de culpa e consciência de culpa, culpa autêntica e não-autêntica, e culpa infantil e madura. Feitas essas diferenciações necessárias, partimos na descrição da culpa real, neurótica e existencial. Em fim, avaliamos ainda outra possibilidade de abordar os sentimentos de culpa, resumidos em culpa objetiva e subjetiva, seguidas de suas divisões internas.
O último passo da pesquisa consistiu em procurar critérios básicos para a abordagem psicopastoral ao fenômeno da culpa. Descrevemos os sintomas físicos e emocionais decorrentes de sentimentos de culpa internalizados e não eliminados, e logo após passamos a descrever os meios com os quais a pastoral poderia trabalhar em cada caso de culpa. Nos casos de culpa real, optamos pelo modelo oferecido por Clinebell concernente aos cinco estágios (confrontação, confissão, perdão, restituição e reconciliação); para os casos de culpa neurótica, sugerimos algumas alternativas oferecidas pela psicoterapia; e no caso da culpa existencial, concluímos convictamente acerca da graça de Deus e da “coragem da confiança” (a aceitação de ser aceito), que só a religião pode oferecer, como único meio de incorporar a culpa existencial como realidade da condição humana.
REFERÊNCIAS
BRAKEMEIER, Gottfried. O ser humano em busca de identidade: contribuições para uma antropologia teológica. São Leopoldo: Sinodal; São Paulo: Paulus, 2002
CLINEBELL, Howard J. Aconselhamento pastoral: modelo centrado em libertação e crescimento. Tradução de Walter Schlupp e Luís Marcos Sander, 3aedição, São Paulo: Paulus; São Leopoldo: Sinodal, 2000
D’ ANDRÉA, Flávio Fortes. Desenvolvimento da personalidade: enfoque psicodinâmico. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1972
FREUD, Sigmund. Edição Standart das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Tradução de Jayme Salomão, Rio de Janeiro: Imago, 1969, volumes IX, XIII, XIV e XXIII
HILLMAN, James. Uma busca interior em psicologia e religião. Tradução de Aracéli Martins Elman, 3a edição, São Paulo: Paulus, 1984
HURDING, Roger F. A árvore da cura: modelos de aconselhamento e psicoterapia. Tradução de Márcio Loureiro Redondo, São Paulo: Vida Nova, 1995
 LEON, Jorge. Introdução à psicologia pastoral. Tradução de Ruth Maria Maestre, 2a edição, São Leopoldo: Sinodal, 2001
NASCIMENTO, Paulo dos S. Psicologia e religião: uma análise do ateísmo psicanalítico de Sigmund Freud. Feira de Santana, 2002 [Monografia de conclusão de curso – STBNe]
ROSA, Merval. Curso moderno de psicologia: introdução à psicologia. Petrópolis: Vozes, 1995, volume
__________. Culpa e perdão. Epistêmê. Feira de Santana, v. 03, n. 1, p, 65-80, jan.-jun., 2001a
__________. O ministro evangélico: sua identidade e integridade. 2a edição revista e ampliada, Recife: edição do autor, 2001b
TILLICH, Paul. A coragem de ser. Tradução de Eglê Malheiros, 5a edição, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992
__________. Teologia Sistemática: três volumes em um. Tradução de Getútio Bertelli, 4a edição, São Leopoldo: Sinodal, 2002


[1] Gostaríamos de notificar nosso profundo sentimento em não ter tido acesso ao trabalho Culpa e graça de Tornier, por questões de disponibilidade bibliográfica e localização geográfica, visto que tal trabalho nos aprofundaria por demais nas questões a que nos propomos debater aqui, embora muitas das contribuições de Culpa e graça estejam presentes aqui implicitamente
[2] Mais adiante Clinebell (2000, p.146-147) nos alerta sobre um aspecto importante da confrontação quando diz o seguinte: “a confrontação não é eficaz se as pessoas a recebem masoquistamente, usando as palavras de confrontação da aconselhadora como uma forma de expiação neurótica. Pessoas neuroticamente carregadas de culpa podem fazer malograr a confrontação reagindo com um comportamento expiatório aparentemente interminável e compulsivo, que lhes permite evitar seu conflito mais profundo”.
[3] Ver nota da p. 16
[4] Com “sentimentos de culpa neuróticos” Tillich não está seguindo o mesmo padrão de abordagem da culpa que estamos fazendo nesse texto, mas está se referindo aos tormentos existenciais que a ansiedade da culpa e do destino da morte instigam no homem.

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