sábado, 21 de fevereiro de 2009

OUTRA EVANGELIZAÇÃO E OUTRA MISSÃO


Pistas para uma ação eclesial/pastoral pertinente e libertadora

Introduzindo

É enorme o desafio que os/as pastores/pastoras e líderes protestantes têm no Brasil em termos de missão. Como essas igrejas não contam com uma estrutura unificada como no catolicismo, cabe a cada uma delas elaborar por si mesmas essas reavaliações. O Brasil dispõe de todos os aspectos negativos que convocam à vivência de um evangelho mais integrado e inserido socialmente. Perduram entre nós os piores indicadores sociais, resumidos na péssima distribuição de renda, na péssima ocupação da terra e o conseqüente problema da habitação, na criminalidade galopante, nas péssimas condições de saúde da maioria da população, acrescidos ao insistente problema da educação.

Todos esses indicadores sociais desfavoráveis ganham realce na realidade urbana. Ali os contrastes deixam de ser estatísticas frias e assumem as cores vivas e quentes em imagens que nos enchem de indignação e retratam fielmente os níveis de desigualdade que grassam em nossa sociedade. Em minha opinião, é profundamente escandalizador que essa realidade toda não conste em nossos programas missionários. Mais ainda, a ausência dessa inserção denuncia silenciosamente que a alcunha de “evangélicos” é usurpação do termo. Qualquer leitura atenta dos Evangelhos evidenciará que o alvo da libertação é todo o homem e o homem todo, incluindo a realidade que lhe cerca[1].

1. Caminhos de uma evangelização/missão integral, pertinente e libertadora

1.1 A dimensão e o alvo subjetivo da evangelização/missão

Para que não transpareça a idéia de que essas igrejas devem diluir sua identidade em função dos desafios sociais, cabe iniciar essas pistas à pastoral relativas à reelaborarão do conceito de missão dizendo que permanece sendo imprescindível a dimensão do anúncio das Boas Novas do Evangelho ao homem como sujeito, pecador e carente de redenção pessoal. Não prescindimos da idéia de que a experiência do Evangelho se configura como um chamado pessoal a cada homem e a cada mulher.

Como o fermento que leveda toda massa, a partir dos encontros pessoais esse projeto de uma nova sociedade vai ganhando corpo, e a antecipação histórica do reino pode ir sendo ensaiada. O homem, sujeito privado e solitário em sua experiência pessoal, necessita conectar-se novamente à fonte de onde se encontra alienado e distante, e essa experiência só se dá no nível da subjetividade, jamais podendo resultar de esforços objetivos a ele impostos.

É como convicção pessoal e alimentado somente por isso que o sujeito pode compreender e cooperar nesse plano maior que prevê uma nova realidade. Não se consegue isso por procuração nem por objetivações de quaisquer espécies. Por tudo isso é imprescindível aquele modelo de evangelização sujeito a sujeito, onde os aspectos da redenção pessoal são enfatizados. Essa é, a meu ver, uma das conquistas perenes do Protestantismo e nenhum programa de revisão do conceito de missão pode prescindir dela.

1.2 Ampliando o alvo da evangelização/missão

Todavia, aos teólogos/teólogas, pastores/pastoras e líderes que conduzem essas igrejas já extrapolou o momento de perceberem que tal modelo de evangelização é somente um dos aspectos da missão, não sendo nem mesmo o prioritário, já que não há hierarquias e prioridades na missão eclesial conforme os Evangelhos.

Caso as igrejas compreendam a si mesmas não mais como concretizações do reino, mas como ensaios antecipatórios da nova humanidade, o conceito de missão e de evangelização necessitará elastecer-se. Reiteramos a sugestão de Yves Congar quanto à necessidade de que as igrejas têm de “enfronhar-se dos verdadeiros problemas do mundo atual e esforçar-se por esboçar uma resposta, abrindo novo capítulo de epistemologia teológico-pastoral. Em vez de partir unicamente do dado da revelação ou da tradição, como geralmente o fez a teologia clássica, deverá partir de fatos e indagações, recebidos do mundo e da história”.

A missão deverá incluir uma reverberação das dores do mundo no interior das igrejas. Em linguagem bíblica trata-se de “se alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram” (Romanos 12,15), e em nosso caso os motivos são muitos mais abundantes quando se trata de chorar com os que choram. O modelo missionário fundado no arquétipo da Arca de Noé – bem vivo nas igrejas do protestantismo evangélico brasileiro – onde a Igreja “flutua em direção à salvação sobre as ondas bravias da humanidade” deve ser abandonado. No lugar dele, urge a irrupção de um modelo onde as igrejas “mergulhem nas águas e sintam junto com os demais a possibilidade da morte”, e assim sintam-se motivadas a dar sua contribuição conjunta na salvação de todos. Mas, na prática, como é possível seguir a indicação de Congar e enfronhar-se dos verdadeiros problemas humanos?

2. Articulação prática de uma evangelização/missão integral

2.1 As bases teórico-epistemológicas da nova evangelização/missão

Primeiro, tal tarefa só é possível a partir de um conhecimento lúcido das chagas estruturais que afligem a sociedade. Cada contexto particular apresentará uma configuração distinta que merecerá tratamento diferenciado. Isso, entretanto, não se faz sem um adequado instrumental de análise.

Tradicionalmente a Filosofia sempre constou como parceira privilegiada no diálogo com a fé e com a Teologia. A partir da década de 1950 teólogos protestantes se deram conta de que a Filosofia havia se tornado insuficiente enquanto parceira epistemológica da fé para confrontar a realidade de cativeiro, de subdesenvolvimento e de dominação em que se encontravam os países latino-americanos. Desde então as Ciências Sociais têm sido encaradas como o instrumental analítico que mais se adequada à perspectiva cristã e evangélica de leitura da nossa realidade continental.

As Ciências Sociais compreendem em seu quadro a Sociologia, a Economia e a Ciência Política. Os dados que essas análises fornecem acerca da realidade social são extremamente fecundos para a Teologia e para a missão engajada por dois motivos: (1) por descreverem qualitativa e quantitativamente as anomalias sociais com dados estatísticos e análises especializadas; (2) e, além disso, por apresentarem as causas estruturais das disfunções sociais. Pastores/pastoras e líderes fazem muito bem em acessar a esses dados e pesquisas.

Perverterão assim seu chamado e vocação? De nenhum jeito! Instrumentalizarão o Evangelho em função de causas estranhas? De forma alguma! Do contrário, se utilizarão de instrumental analítico especializado que converge para os mesmos temas e prioridades evangélicos: a dignidade da pessoa humana (e da sociedade) como imagem de Deus[2].

2.2 Caminhos para uma práxis eclesial engajada, pertinente e libertadora

Em seguida a esse momento de leitura da realidade mediado pelos devidos instrumentais de análise, pode-se empreender um programa de inserção nas instâncias organizadas da sociedade civil. Tem sido uma enorme tentação para líderes evangélicos optarem pela inserção na institucionalidade político-partidária. Quero evitar toda polêmica em torno dessa atitude e apontar as institucionlidades organizadas da sociedade civil com outra via de inserção social, tais como as ONG’s, as associações de bairros, os centros comunitários, os Conselhos Municipais de Saúde e Educação e etc.

Em minha maneira de ver, a inserção social por essa via oferece algumas vantagens de ordem prática e de ordem moral. Do ponto de vista da práxis, a presença de pastores e pastoras nessas organizações põe-nos diretamente conectados com a realidade popular. Nesses encontros e reuniões tem-se a oportunidade de ouvirem-se relatos, partilhar-se idéias, dividirem-se anseios pessoais e comunitários que podem lançar pistas interessantes à uma práxis engajada e relevante.

Já do ponto de vista moral, a inserção nessas instâncias da sociedade civil por parte de pastores e pastoras proporciona menos chances de corrupção pessoal ou de submissão a ideologias contrastantes com a ideologia pessoal do pastor ou da pastora. Num contexto de desconfiança crescente no tocante à idoneidade das autoridades religiosas, isso não deixa de ser uma grande vantagem. Não obstante, não compreendemos essa tarefa como sendo exclusiva a pastores/pastoras e líderes. Na verdade, trata-se de um chamado concomitante a toda comunidade de fé, incluindo aqueles e aquelas que não possuem status de liderança.

Tudo isso implica no rompimento de uma das históricas dificuldades das igrejas que compõem o protestantismo evangélico no Brasil: a eliminação das fronteiras entre igreja e sociedade. Nesse imaginário subjaz ainda a imagem da Arca de Noé, da Cidade de Deus em antagonismo com a cidade dos homens, para usar linguajem agostiniana[3]. Uma honesta reavaliação do conceito eclesiológico de missão deve levar esse problema em consideração.

Constitui escândalo o fato de que os “sem voz” não encontrem na comunidade do Evangelho lugar para sua voz. Falam ali o catedrático, o diplomado, o candidato, mesmo quando não são membros formais. Não falariam também aqueles a quem Jesus comparou a si próprio? Não falariam ali o pobre, o nu, o doente, o forasteiro, com quem Jesus identificou-se diretamente (Mateus 25,31-46)?

É dever de pastores/pastoras e líderes abrir esse capítulo da dinâmica de suas comunidades. Afinal, creio que seja veraz a afirmativa de que “a Igreja, em muitas partes, constitui o único lugar legal onde se pode exercer a palavra livre e crítica, e onde se podem realizar os laços mínimos de sociabilidade” (Leonardo Boff). Se isso já vem acontecendo em termos das “membresias” das igrejas locais, por que não estendê-lo à comunidade como um todo? Também as experiências que já se fazem nesse sentido têm-se mostrado profundamente profícuas, e em lugar de corromperem o Evangelho, resgatam sua dimensão profético-periférica e fontal junto aos pobres.

Concluindo

Para finalizar essa seção de pistas à missão eclesial-pastoral, sugere-se aos pastores/pastoras a promoção sistemática de atividades práticas que não só remediem os fatos da desintegração social, como a pobreza, o analfabetismo, a fome e o problema das drogas, por exemplo, mas também previnam contra esses fatos e promovam libertação.

Essas atividades podem constar do cronograma eclesial, assim como constam as atividades evangelísticas e discipulares. Geralmente essas igrejas contam em seu quadro de membros com profissionais de áreas específicas que podem oferecer seus serviços nessas atividades, como médicos/médicas, enfermeiros/enfermeiras, assistentes sociais, e etc.

É dessa forma que a comunidade eclesial vai construindo paulatinamente uma práxis integrada e relevante, e vai se tornando parceira da comunidade como um todo no processo de humanização condizente com o Evangelho.

O pentecostalismo parece ter invertido a fórmula basilar da Teologia da Libertação, que versava sobre a opção preferencial pelos pobres. Tem-se dito que a Teologia da Libertação fez opção preferencial pelos pobres e os pobres fizeram opção preferencial pelo pentecostalismo. Não seria o momento de uma nova inversão preferencial de todo protestantismo evangélico brasileiro em relação aos pobres?


[1] Cf. René PADILLA. Missão integral – Ensaios sobre o Reino e a Missão. Londrina: Melhoramentos: 2003

[2] Um exemplo da utilização do instrumental analítico vindo das ciências sociais extraído da realidade alagoana é o recente trabalho do economista maceioense José Fernando LIRA. Formação da riqueza e da pobreza de Alagoas. Maceió: EDUFAL, 2007. Aí se elucida a relação entre o setor sulcroalcooleiro, hegemônico no contexto da economia estadual, e a construção histórica da sociedade alagoana. A tese do autor ali se resume nessas linhas: “Sua identidade [a de Alagoas] foi construída através das imposições de um setor agroindustrial dominante, cuja elite desenvolveu formas de controle rígido e antidemocrático, apropriado aos seus interesses econômicos e de poder. Esse poder que, ao definir suas prioridades, privilegiou uns poucos e excluiu o grosso da população da riqueza gerada, é um poder autocrático, porque gera um ambiente econômico, social e político que dificulta a acumulação de capital social e humano, bem como o acesso aos meios de sobrevivência à maioria da população” (p. 6).

[3] Uma das versões dos Princípios Batistas, justamente a adotada pela Convenção Batista Brasileira, ainda adota a compreensão dos dois mundos para descrever a relação da Igreja com a sociedade. Vide ali o tópico 3, A vida cristã, subtópico 3.3, em www.batistas.org.br.

71 comentários:

Unknown disse...

Estimado Paulo Nascimento,
Saúde e Paz.

Agradeço pela sua lucidez na reflexão sobre o tema da missão. Estou motivando alunos de teologia a visitarem o seu Blog e debaterm o seu texto [outra evangelização e outra missão] à luz da sua afirmação: "A missão deverá incluir uma reverberação das dores do mundo no interior das igrejas. Em linguagem bíblica trata-se de “se alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram” (Romanos 12,15)".
Abraços
Prof. Nicanor Lopes

Paulo Nascimento disse...

Obrigado professor. Me mande seu email para que possamos estabelecer um contato mais próximo. Forte abraço!!!

Ricardo disse...

O conceito de missão e evangelização tem que ser mudado nas igrejas evangélicas. Temos que buscar entender a real necessidade do ser humano. Essa necessidade passa pelo emprego, necessidades básicas, moradia, educação, etc. Não podemos simplesmente, ignorar essa situação que encontramos em todas as esquinas. Enquanto ficamos encastelados em nossas igrejas suntuosas, aqueles por quem Cristo morreu na cruz, estão se perdendo. Lembro de uma reportagem que vi num jornal onde professores estão se dispondo a trabalhar dentro das Instituições para menores. Pessoas que acreditam que aqueles adolescentes tem valor. Isso para mim, é evangelho. Paulo você está 100% correto.

Ricardo Couto

05 de Março de 2009

Fanuel Santos disse...

Caro Paulo Nascimento!
Graça e Paz!

Me chamo Fanuel Santos, bacharelei em teologia pelo IBAD (Instituto Bíblico das Assembléias de Deus) agora sou aluno do progama de integralização de Créditos da Umesp, polo de Brasília, e a pedido do professor Nicanor Lopes, aqui estou eu sendo enriquecido pelos seus escritos, parabéns pela coerência e sensibilidade ao escrever. como Pentecostal, reconheço que nossas comunidades têm sido omissas em suas tarefas evangelizadoras, o fiel Pentecostal não quer mudar o mundo, quer sair dele, pois o mesmo se encontra irremediavelmente perdido, enquanto isso as liderenças se locupletam a custa das ofertas de leigos manipulaveis; sonho com o dia em que os Pentecostais possam ser reconhecidos não apenas por serem uma igreja grande, mas sim como uma grande Igreja.

Orando por sua vida;
Fanuel Santos

Jofre Macnelli disse...

Graça e Paz,
Sou Jofre Macnelli, pastor batista nacional em Planaltina-DF, estou fazendo integralização de créditos em teologia na Universidade Metodista de São Paulo-UMESP, Pólo Brasília. Fiz meu bacharel em teologia no STEB (Seminário Teológico Evangélico do Brasil)em Belo Horizonte-MG.Muito interessante suas colocações. Compreendo suas pontuações e vejo que os meios são esses. O maior problema da igreja cristã evangélica é a sua falta de unidade, que interfere decisivamente em sua missão. A práxis da igreja brasileira ainda vive em volta de muito misticismo, um olhar muito transcendental do Reino. E o Reino "Já" onde fica? Espero conversarmos mais sobre este assunto. Afinal que compreensão a igreja tem de missões se ela ainda espirituaiza tudo e não trata com a realidade social? Espero uma resposta. Obrigado.
Paz

Pr. Gilberto disse...

A questão da evangelização integrada envolve muitos aspectos onde precisa ser bem trabalhado e planejado, para que seja um estilo de vida dentro da igreja, onde valores, ideias e principios possam ser discutidos com a participação de todos para alcançar as necessidades da população. O método de relacionamento é eficaz para um bom desenvolvimento.
Pr. Gilberto Gregório Santos de Almeida

Dilcilene disse...

Realmente o desafio dos líderes protestantes no Brasil é muito grande com relação a missão, pois a carência existente em nosso país é muito grande; somando-se ao fato de que lamentavelmente nós protestantes ou de um modo geral conhecidos por evangélicos, nos parecemos mais com uma colcha de retalhos; por isso não se consegue perceber com maior clareza a realidade social a que estamos inseridos. Muitas vezes temos perdido a visão do todo.

Também não se pode abrir mão do evangelismo pessoal e do discipulado, mas ao mesmo tempo temos que perceber que isso não basta. É preciso unir forças para nos envolvermos nos problemas sociais, buscando juntamente com a comunidade a solução, e não permanecermos fechados ou divididos, pois isso é miopia.

Unknown disse...

Paulo, muito interessante sua visão sobre o tema, acredito que a igreja como um todo deve adotar uma nova visão de sua realidade e acordar para questões tão pertinentes aos novos tempos; E, por que não enxergar que fazemos parte do "mundo" e temos responsabilidades junto aos excluídos pelas mazelas sociais. Creio que a falta de uma liderança eclesiástica de peso e uma voz entre as inúmeras denominações seja uma primeira barreira a ser vencida para que o problema comece a se resolver; Enquanto a igreja estiver envolvida somente em seus problemas particulares, como aumento do número de membros e lugar na mídia, não teremos espaço para a abertura de debates e ações em prol da sociedade. É importante que na igreja se levantem vozes, assim como os profetas do AT, para denunciar e chamá-la ao verdadeiro sentido e responsabilidade do Evangelho em nossos dias. Um forte abraço.

Luiz Eduardo
luiz38eduardo@ig.com.br

Pra.Rosane Rangel disse...

Prezado Paulo Nascimento,
Sou aluna da UMESP (Universidade Metodista de São Paulo-UMESP), fazendo Integralização de créditos em teologia, Pólo Macaé. Foi muito prazeroso ler o seu texto. Temos observado que a igreja não se revolucionou como o mundo, não conseguiu captar os problemas que vieram juntos com a globalização e não se preparou para isso. Quando se diz que a missão deverá incluir uma reverberação das dores do mundo no interior das igrejas, notamos que infelizmente, a igreja tem feito muito pouco pelo social e não tem se preocupado com o caos que se encontra a sociedade hoje. Particularizando os protestantes, temos vistos que os mesmos estão cada vez mais monopolizando suas denominações, como se fossem os únicos a anunciar o evangelho de Cristo, deixam de ser a verdadeira igreja de Cristo para ser apenas uma instituição fechada que busca seus próprios interesses, cada um por si, com isso não tem força para realizar uma missão integral, pois, sabemos que para realizar um trabalho abrangente precisaremos de parcerias, quer da igreja, quer da própria comunidade da cidade local, quer dos governantes ou associação não governamentais. Mas, apesar do quadro atual, creio que a Igreja do século XXI poderá fazer uma nova leitura da sua missão, adequando-se a nova realidade, buscando parcerias, indo ao encontro dos problemas sociais e do ser humano como um todo, promovendo uma sociedade mais digna, onde cumprirá com o texto bíblico: “se alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram” (Romanos 12,15)".
Rosane da Silva Pessanha Rangel – 06-03-2009

Paulo Nascimento disse...

Meus queridos irmãos aí da UMESP!

Foi uma enorme satisfação para mim ter descoberto nesses dias que minhas reflexões têm sido aproveitáveis para vocês. Agradeço de coração ao trabalho do prof. Nicanor nesse aspecto. Eu gostaria de estabelecer um diálogo estreito com cada um de vocês, inclusive respondendo às vossas interpolações. Mas parece que o sistema do blog não tem disponibilizado isso. Por favor, sintam-se à vontade para me escrever diretamente [prteologo@hotmail.com], se assim o desejarem. Forte abraço na turma toda. Deus continue os abençoando rica e profundamente!!!

Paulo Nascimento

Alfrêdo Oliveira disse...

Caríssimo Paulo Nascimento, sou aluno da UMESP, polo Recife.

Suas reflexões são oportunas e necessárias.

Às vezes têm-se a impressão que as igrejas estão blindadas, e hermeticamente protegidas, de qualquer contato com a realidade social que as cerca.

Reverberar as dores do mundo em seu interior, é viver na atualidade o mistério da encarnação, quando Jesus Cristo tornou-se humano.

Os cristãos, e cristãs, precisamos nos humanizar mais e cada dia para, de fato, experimentarmos uma outra evangelização e uma outra missão.

Fraterno abraço,

Pr Charles Ribeiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pr Charles Ribeiro disse...

Curso a integralização de créditos em teologia na Universidade Metodista de São Paulo, Pólo Ceres, Goiás, de fato, sua percepção da ausência do comprometimento da Igreja com os aspectos práticos fundamentais da missão cristã na ação solidaria me levou a repensar minhas práticas evangelísticas. O mundo clama pela ação da Igreja, movida pelo amor de Deus ao mundo. Amor que expressa à essência divina, dinâmica e atuante que, por intermédio dos que “são de Deus” precisa se evidenciar, se externalizar e se confirmar na aplicação do balsamo ás feridas, do pão aos famintos, da solidarização com os necessitados. Certamente é urgente a renovação das concepções de evangelização, lembrando-se que o amor se comprova com atos, e na visão de Tiago, apóstolo, de nada nos vale pregar um evangelho vazio, raro de amor, destituído de atitudes que amenizem o sofrimento dos que padecem (Tiago 2:16-17). De nada nos adianta anunciar aos famintos sem dar-lhes o pão. Não podemos ignorar a fome da multidão (Mt 14). Mas, a semelhança do nosso mestre, precisamos entender que o Santo Espírito habilita-nos para além da mera discussão teológica, mas, nos, unge para, como corpo de Cristo, andar “...por toda parte fazendo o bem...” (Atos 10:38 NTLH)

Hilquias Benício disse...

Caros colegas de curso e blogueiro,


Devo externar que a carência de nossos irmãos brasileiros, e por irmãos entenda a irmandade adâmica, é muito grande. Sou pentecostal, e isto, por si só me faz viver perto de uma realidade em que os problemas sociais são bem mais evidentes do que outras correntes cristãs brasileiras. Claro que hoje os pentecostais tem estado presente em outros locais que não só as favelas e subúrbio, mas continua sendo presença forte nas camadas mais carentes da sociedade. Poucas vezes se encontra um programa institucional para combater a injustiça e a miséria. Não se encontra discursos bem elaborados quanto à injustiça social. Mas com frequencia se percebe na vida da comunidade cristã uma ação espontânea geradora de mudanças sociais e de devolução da dignidade humana.

A carência brasileira não é apenas social é também espiritual. Não se devolve a dignidade humana sem que a essência do ser se encontre. O Evangelho precisa atuar, mas não pode perder seu vetor místico.

Outra questão que desejo parabenizar ao Paulo é o envolvimento político-partidário que igreja-instituições e "pastores" (perdoem-me os politicamente corretos, mas o português que aprendi permite fazer este uso para homens e mulheres sem desmerecer nem um, nem outro gênero) tem feito ultimamente. Também creio eu que este não é o caminho do Evangelho. Se queremos mudanças sociais essas mudanças se processarão perto de onde há as necessidades, é possível o engajamento político sem um cargo eletivo, e penso eu ser este, sem pretensões eleitorais, sem desejo algum de candidatura, ser o mais cristão, pois universaliza a possibilidade da ação político-social, ao passo que o sistema representativo (importante para a democracia) passa a idéia equivocada que a ação política é reservada apenas aos eleitos.

eleanor disse...

Gostei muito de sua reflexão. Concordo especialmente em relação à necessidade de uma honesta reavaliação do conceito eclesiológico de missão. A igreja precisa acordar e envolver-se com a comunidade fora de suas quatro paredes. Cumprir o seu chamado de sinalizadora do Reino de Deus para e no mundo.

Maria Cristina Martins disse...

Caro Paulo Nascimento
Sou Maria Cristina Martins, aluna da UMESP (Universidade Metodista de São Paulo-UMESP) e, também, parabenizo pela sua avaliação sobre um tema tão vasto, mas, ao mesmo tempo, pouco explorado, pois a missão evangelizadora das igrejas protestantes são tímidas em comparação a estrutura unificada da igreja católica. O que se entende é que todo o evangelho proclama a uma evangelização onde a “libertação é todo o homem e o homem todo”, e a sua realidade de vida deve está inserida neste projeto de evangelização.
Pergunto e gostaria de entender mais sobre isso. Como as igrejas realizam projetos e ações missionárias, cuja proposta é a transformação do individuo como um todo, se não há uma ação planejada de sustentação para a sua vida, sua família, e a comunidade em que vive? Eu creio que a ação evangelizadora missionária tem o antes, durante e o depois da conversão. Se não fica um evangelho fácil e sem compromisso.
O que entendo é que a realização de cultos, “megas” cultos e cultos nas praças públicas, não objetiva o envolvimento da igreja dos verdadeiros problemas do mundo no esforço de planejar uma resposta favorável aquele individuo ou aquela comunidade. A Igreja católica está muito a frente em suas ações sociais, o que não é, infelizmente, uma realidade da nossa igreja. As igrejas têm medo do assistencialismo, ou do comprometimento social?
Acredito e corroboro, também, com a idéia de que os lideres das igrejas devem inserir-se em instituições de cunho social, no objetivo de representar uma voz que clama no deserto. E, que é dever do pastor/a e líderes ter a iniciativa de abrir esses caminhos em prol de toda uma comunidade. O sentimento e a ação de misericórdia, pregado por Jesus, tem que de fato acontecer, não só ontem, mas hoje e sempre. Obrigada por esta oportunidade.

Pra. Rozineide Carvalho disse...

A paz Paulo Nascimento.
Sou a Pra. Rozineide e faço o curso de integralização no Polo de Guaianazes.E posso dizer que de fato isso significa outra "evangelização e outra missão", significa também uma mudança drástica para as igrejas pentecostais brasileiras que visam nº e destaque pessoal, me converti em uma igreja pentecostal e durante os oito anos que lá estive nunca tinha ouvido falar de missão, o que era ou como fazer. Afinal não dá para se falar do que não se sabe!

Alfrêdo Oliveira disse...

Alfrêdo Oliveira - Pólo da UMESP em Recife-PE.

Concordo parcialmente com a afirmação de Maria Cristina Martins quando diz:
"a missão evangelizadora das igrejas protestantes são tímidas em comparação a estrutura unificada da igreja católica."

Eu diria que na área social essa participação é tímida, e contestaria que a idéia propagada de que uma estrutura unificada como a Romana facilitaria.

Um órgão central pode facilitar, mas se houver consciência de missão, aliada em educação multiplicadora, até as igrejas de governo congregacional - onde cada comunidade é complete e última instância - poderiam dar uma excelente contribuição com propostas, e atuações específicas para o contexto onde estão inseridas. Seria reverter o que tem sido visto por alguns como problema, em uma solução.

Pr. Edil Nogueira Netto disse...

Paulo Nascimento,
Graça & Paz!

A Missão Integral é realmente evidente nos Evangelhos. A igreja precisa despertar, e sair ao encontro do perdido - sem Cristo. Hoje observamos que se faz muito culto para alegrar crentes. A igreja, como você disse, vive no "arquétipo da Arca de Noé". Enquanto o mundo jaz em grandes ruínas, a cada dia se afundando mais no lamaçal de pecado e de injustiças sociais.
Podemos ajudar a mudar esta situação com o que o Pai nos põem nas mãos: nossos talentos, profissão, etc. Irmos de encontro ao necessitado. Se começarmos, se lançarmos as mãos ao arado, o Senhor será nosso primeiro e melhor parceiro, depois ele vai mandando "seus corvos", assim como fez com o profeta Elias. Mas é preciso sair da inércia. A igreja pode realizar a sua Missão Integral e parar de fazer show gospel para crente se alegrar e bater palmas. Enquanto olharmos só envolta dos nossos pés, o testemunho da igreja será infrutífero.

Abraços,
Pr. Edil Nogueira Netto

silvia disse...

Silvia UMESP - Polo SJRio Preto

Gostaria de parabenizá-lo pela feliz reflexão e enriquecimento que seu comentário me trouxe.
Creio que quando tomamos consciência do erro é hora de refletirmos, revermos conceitos e mudarmos buscando o acerto.
Desta forma, penso que devemos buscar uma união entre as igrejas cristãs, deixando de lado pequenas divergências
e nos beneficiando com o intercâmbio de informações. Somos seres sociais, não podemos nos isolar e é impossível desenvolver
nossa missão de testemunhar e seguir os passos do Mestre apenas entre quatro paredes. Entendo que em cada geração os cristãos
devem deixar seu legado, então temos que assumir nossa identidade e nossa fé e não apenas pregar um Jesus que cura, salva, transforma e liberta
mas vivenciá-lo a cada dia e apresentá-lo àqueles menos favorecidos; pois nEle, o ser humano inteiro é a imagem de Deus e o fato de sermos aceitos
e amados por Deus incondicionalmente nos faz entender que a dignidade humana apoia-se no próprio ato criador divino.
Que a graça e a paz do Senhor Jesus estejam presentes em seu viver.

Anônimo disse...

Caríssimo Paulo,
Graça e Paz!

Sou Helena, aluna da Teologia/EMESP
Fico muito grata por suas sábias elucubrações.
É bom poder ler numa linguagem simples algo que fala profundamente.
Sinto a Igreja num marasmo, caminhando feito lesma reumática.
A Igreja não se envolve politicamente em questões sociais de forma a fazer diferença positiva. Fico angustiada de ver as Igrejas fechadas ou oferecendo cursinhos de croche e bordado.
Homens e mulheres poderiam estar continuamente sendo preparados para atender nas mais diversas situações pessoas necessitadas. E, mesmo que elas não apareçam, a própria natureza grita por socorro e testemunhamos ela se esvair junto com nossos sonhos e perspectivas.
Continue nos presenteando com seus artigos.

Luiz Rodrigues Barbosa Neto disse...

Realidades missionárias nas sociedades onde as igrejas existem, são questionativas e sempre avaliadoras das ações teológicas e eclesiológicas. O texto instiga o debate, mas antes, intrui, capacita e possibilita que esta reflexão missão e sociedade, se torne cada vez mais efervecente e práticável.
Shalom!!!

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Olá Paulo muito insentivador o seu texto.

Sou pastor Batista, formado em bacharel em Teologia pelo Seminário e Insituto Bíblico Maranata em Marilândia do Sul - Paraná e estudo integralização de créditos na Metodista.

Vejo que a visão de missão de muitas Igrejas precisam ser ampliadas. Uma vez que, quando se pensa em missão apenas se olha muitas vezes para trabalhos transculturais (janela 10/40, tribos e povos não alcançados). Podemos olhar para missões dentro de um contexto mais social, mais perto de nós, nos becos, nas esquinas, nas favelas etc. Penso que precisamos mais do que nunca sair de cima das "ondas" e nos aprofundar nas dores de uma sociedade perdida no pecado, precisamos chorar com os que choram. Penso como você que o principal aspecto da missão precisa ser levado, ainda que seja subjetivo de cada um, Jesus morto em uma Cruz para a expiação do pecado de todo aquele que crê. Olho para o texto não como algo para eu debater, mas para aprender. Precisamos nos reeducar com relação a missão de Deus.

Pr. MBST

Marcelo Carvalho disse...

Paz Paulo,
Sou Marcelo de Carvalho, do polo de Guaianzes, pelo curso de Teologia da UMESP (Integralização De Créditos) muito boa sua explanação sobre a ótica pentencostal hoje em dia, sou de uma igreja pentencostal e é infelizmente verdade o que você disse no texto, aprendi um dia que devemos primeiro humanizar a igreja para depois espiritualiza-la, devemos primeiro andar com o Jesus humano para depois andarmos como o Jesus Divino. A igreja precisa disso que humanização, mas não já querem tocar o Jesus ressureto, para poder entender a real necessidade do ser humano, precisamos humanizar a igreja.

Unknown disse...

Caro Paulo Nascimento,

Também sou aluno UMESP-Recife.
Li o seu texto e pude perceber como nós os "evangélicos" estamos muito aquém da vivência do verdadeiro evagelho ensinado por Jesus em Mt. 25.31-46, onde Ele chegou a se comparar com aqueles que hoje não queremos nem que estejam muitas vezes dentro de nossos sutuosos, climatizados e cheirosos templos.

Quando a igreja deixa de se envolver com a problemática sociedade em que ela está inserida, também está perdendo mais uma oportunidade de se parecer mais com Jesus.

Corrigir o problema na sua origem é a melhor forma de termos uma sociedade mais saudável e com menos problemas sociais. Segundo a Dra. Zilda Arns da Pastoral da Criança "a raiz do bem e do mal está na família", logo, quando saímos das quatro paredes dos nossos confortáveis templos seguindo o exemplo de Jesus em visitar, dar de beber, de comer, de vestir, acompanhados de uma assistência social relevante faremos então juz a nossa nomenclatura de EVANGÉLICOS.

Unknown disse...

Ao amado Paulo Nascimento
graça e paz em Cristo
Ao ler a sua reflexao acerca do tema da missao,que é um desafio, na inversao de valores, da praxis na igreja em terras brasileiras voltadas para um evangelho totalmente de cunho financeiro, sua contribuiçao, me fez reavaliar a missao, que é na verdade voltar ao evangelho genuino que Jesus pregou:"arrependei-vos e crede no evangelho" Mc 1.15.

agradeço a Deus pela sua vida

Abzalon oliveira Theonilo
aluno Ead Umesp Polo Macae
prof. Nicanor Lopes

Igreja Presbiteriana Central de Ceres disse...

Caro Paulo Nascimento. Sou aluno do Prof. Nicanor Lopes pela UMSP no Polo Ceres(GO), pastor da Ig.Presbiteriana Central em minha cidade. Achei muito edificante sua reflexão convocando cada líder cristão a rever sua práxis cristã, bem como a condução da comunidade sob sua responsabilidade.
Precisamos abrir nossos ouvidos à Palavra de Deus, viver a "missio dei" 24h por dia, transpirar amor pelos perdidos e por todos os necessitados.
Como líderes cristãos temos a responsabilidade de viver e pregar a ação e assistência social. Temos que orar buscando um despertamento de Deus ao mundo, e, simultaneamente, precisamos agir, quebrando paradigmas, conceitos e pré-conceitos fabricados pelo egoísmo, comodismo e corrupção humanos.
Muito obrigado pelo artigo e que Deus renove a cada dia suas forças, fé e entusiamo para prosseguir com fidelidade a missão que Ele confiou a cada um de nós.

Igreja Presbiteriana Central de Ceres disse...

Oi Paulo, desculpe-me por esquecer de colocar meu nome na postagem anterior.

Sou o Pr.Douglas Boaventura

Se quiser me contactar, meu e-mail pessoal é prdouglas@terra.com.br

Abraços

Edson Maciel disse...

Boa tarde.
De fato vivemos um momento peculiar na historia crista evangélica; de um lado temos os pentecostais tradicionais que adotam uma postura quase que neo platonica onde em geral alardeam que sofre-se aqui mas tera gozo no céu, de outro lado temos os neopentecostais de postura hedonista, e buscam o prazer a todo custo... mas ambos tentam meio que privatizar o reino de Deus.

Unknown disse...

Humanização não pode ser confundido com humanismos. De verdade concordo com sua fala. E oro a Deus para que a liderança acorde para a evangelização e missão e cuide do rebanho de Deus não como se dono fosse, mas como alguém que um dia prestará conta...

Carlos Barcellos disse...

É NECESSÁRIO QUE A IGREJA EVANGÉLICA, E A SUA LIDERANÇA ECLESIÁSTICA NO BRASIL , CONTINUE EVANGELIZANDO, E GANHANDO ALMAS PARA O NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, MAS QUE SEJAM PARTICIPANTES DA SITUAÇAO DO PAIS, EM TODAS AS ARÉAS NECESSÁRIA.

PORQUE CADA IGREJA EVANGÉLICA NO BRASIL E NO MUNDO POSSUI O SEU GOVERNO INTERNO, E INDIVIDUAL DE CADA DENOMINAÇÃO. E CADA DENOMINAÇÃO FICA ISOLADA COM SEU ESTATUTO, REGRAS E PRINCIPIOS, NÃO SE IMPORTANDO COM O MUNDO, EM TODOS OS SEUS ASPECTOS POLÍTICOS, EDUCAÇÃO , HABITAÇÃO, SAÚDE, E SITUAÇÕES DIFERENCIAIS QUE A ACONTECE NO MUNDO.

COMO RESOLVER ESTA SITUAÇÃO: CRIANDO UM ORGÃO EVANGÉLICO, COM UMA PRESIDÊNCIA FORTE, PARA QUE HAJA MUDANÇA, PARA QUE TODAS AS DENOMINAÇÕES TRABALHEM JUNTAS, A ESTE ORGÃO EM PRÓL DE UM PAÍS MELHOR, E DE UM MUNDO MELHOR.


A IGREJA CATÓLICA TEM UMA LIDERANÇA SÓ, A QUAL SE ENCONTRA NO VATICANO. É DALI QUE SAI TODA ORIENTAÇÃO E CONSELHO E AUTORIDADE PARA O MUNDO.

A IGREJA CATÓLICA TEM PODER, E CONSTANTEMENTE PARTICIPAM NA TELEVISÃO, DE VARIOS ASSUNTOS POLÊMICOS QUE ESTÃO ACONTECENDO NO BRASIL E NO MUNDO.

LIDERANÇA ECLESIÁSTICA, VAMOS SAIR PARA FORA DAS NOSSAS IGREJAS, E MOSTRAR A NOSSA INDIGNAÇÃO PARA O MUNDO.

HEBREUS 13.12,13 E, POR ISSO, TAMBÉM JESUS, PARA SANTIFICAR O POVO PELO SEU PRÓPRIO SANGUE, PADECEU FORA DA PORTA.. SAIAMOS, POIS, A ELE FORA DO ARRAIAL, LEVANDO O SEU VITUPÉRIO.

Geraldo Assis disse...

Prezado Paulo Nascimento,
Sou Geraldo Assis, aspirante a pastor da Igreja Metodista Wesleyana, advogado e bacharel em Teologia, atualmente participo do curso de integralização de créditos da Universidade Metodista, pólo Porto Velho/RO.
Quero dizer que tive uma experiência fantástica quando presidi a AWAS - Associação Wesleyana de Ação Social, que nasceu com o objetivo principal de atender mulheres vítimas de violência. Na época tínhamos uma sala equipada inclusive com uma psicóloga que recebia essas mulheres e em seguida as encaminhava aos órgãos competentes como hospitais e, prestação de serviços jurídicos, e concomitantemente tratávamos com elas a parte espiritual.
Esta prestação de serviços foi reconhecida pela Casa Amparo e pela Prefeitura Municipal de Porto Velho, tanto que formamos uma parceria com essas instituições com a intenção de acrescentar outras atividades, sempre tendo a preocupação de aplicar os ensinamentos de Mateus 25.31-46.
Quanto aos fatos do mundo e da história, estamos passando por uma experiência quanto a evangelização/missão em uma região de Porto Velho chamada Zona Leste, onde se situa a igreja onde exerço função pastoral. Recentemente nasceu no coração de alguns pastores a necessidade de criar uma instituição em função de dados acerca da realidade social daquela região,dados estes que muito nos entristecem como cristãos, ampliando o alvo da evangelização/missão através de eventos evangelísticos como cruzadas, apresentações dos ministérios de louvor das igrejas, sermões ministrados por pastores renomados, entre outros.
O desafio é enorme, mas se cada pastor/pastora e líderes se preocuparem com os aspectos negativos inseridos na nossa sociedade, como a violência, prostituição, uso de drogas, principalmente pelos jovens, fazendo com que chegue até eles o evangelho de Cristo, a sociedade certamente terá ganhos inestimáveis, como está escrito em Isaías 55.11: " A palavra não voltará para Deus vazia".

FAUSTINO disse...

Ópio Coisa Nenhuma

Outra Evangelização e Outra Missão

A Identificação com o Reino de Deus; numa perspectiva escatológica é negar-se a si mesmo, é tomar a sua cruz e seguir a Jesus(Mt). Negar-se a si mesmo é ser apenas servo enquanto Jesus é sempre e totalmente o Senhor. O Senhor manda, por ser o Senhor e o Servo obedece por ser o Servo! Tomar a cruz significa aceitar os ricos, as perseguições, apedrejamentos e martírios se necessário for! Seguir a Jesus implica em três fundamentos:
a) Obedecer e ensinar o que ele manda
b) Se identificar com ele que chorou com os que choraram, sofreu com e por os sofredores, morrer com Ele para juntamente com Ele ressurreto e glorioso e brandar com Ele e por Ele contra a injustiça, contra as pertubações espirituais, toda violência praticada contra os pobres e viver como exemplos de pessoas livres, que pregam uma mensagem libertadora do homem todo espírito, alma e corpo!
Na nossa opinião `` A Outra Missão`` só terá êxito, quando nos voltarmos o evangelho do Reino e o Rei do evangelho, visto que vivemos `` O evangelho da tradição``, o evangelho do pentecostalismo. O evangelho da libertação e o evangelho da prosperidade. E infelizmente cada segmento acha ser o único certo ou o mais completo!
`` Ópio Coisa Nenhuma`` o correto é uma prática evangelizadora e missionária, sem alienação e não é isso que vemos em nenhuma comunidade! A prática da teologia tradicional está presa a épocas muito distante da nossa realidade, o pentecostalismo tem uma teologia muito espiritual isto é frisa só o espiritual e aliena o fiel do seu meio e do seu tempo! Levando a olhar só o futuro escatológico, que culminará com o advento de Jesus! A teologia da libertação é um tanto inocente, pois prega salvação como sinônimo de ascensão social, a teologia da prosperidade que é a forma mais nociva de alienação e exploração.
Achamos que junto com essa proposta eclesial estamos de pleno acordo com o autor do texto em apreço, precisamos de uma nova inversão de todo o protestantismo, especialmente entra a opção pelos pobres da teologia da libertação e a opção dos pobres pelo pentecostalismo! Entretanto é preciso a somatória teologia tradicional visto que ao nosso ver, os pentecostais têm um discurso simples , mais falta razão, visto que apela muito para o emocional, a teologia da libertação tem um discurso muito social e muito ideológico, as igrejas históricas têm um discurso muito acadêmico e dogmático, visto que estão presas a tradição teológica.

FAUSTINO disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Derciley Chaves Bastos disse...

Sou Derciley Chaves Bastos, aluno da UMESP, e fico feliz de após ter feito uma profunda reflexão sobre o tema: “Pistas para uma ação eclesial/pastoral pertinente e libertadora”, chegar à conclusão de que existem pensadores na atualidade, dispostos a conscientizar de forma, convincente, inteligente e afável os evangélicos que quase de um modo geral, tem um conceito se não distorcido, pelo menos ultrapassado sobre missões.
Realmente o modelo atual, de missões precisa ser revisto, pois repousa em uma visão que como citado em seu texto: “não reverbera as dores do mundo” e também concordo com o ponto de vista de que o modelo missionário atual, infelizmente é bem parecido com o citado “arquétipo de Noé”, pois existe uma sensível indiferença na atualidade com os alienados, os injustiçados, os discriminados, enfim “aqueles com os quais deveríamos chorar”. Infelizmente, parece não haver uma preocupação dentro dos contextos eclesiásticos, com a acelerada desintegração social que testemunhamos na atualidade.
Sou grato a Deus, por outro lado, de ver em seguimentos evangélicos, não poucas mobilizações favoráveis. Permita-me citar o exemplo da Igreja Metodista Wesleyana em Petrópolis, onde tenho servido como pastor, onde tenho visto diversificadas atividades que constam no programa desta igreja e que a meu ver se sintonizam com uma “ação eclesial/pastoral pertinente e libertadora” citada em seu texto: Nela são realizadas, por exemplo, as “atitudes de amor”, evento de atividade evangelística e que presta serviços a comunidade, envolvendo: médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e etc.; a igreja tem se organizado em ministérios: entre eles alguns que trabalham especificamente com atendimento a presidiários, outros que trabalham com os idosos, com moradores de rua; se tem também trabalhado na área de alfabetização, e o que tenho testemunhado, é uma comunidade conscientizada em realizar um trabalho de libertação condizente com o evangelho pleno, que liberta “todo o homem e o homem todo”.

Jorge disse...

Caro Paulo Nascimento

Meu nome é Jorge Luiz Voltarel e sou aluno da UMESP, pólo Sorocaba.
Li o seu artigo e concordo da necessidade que as igrejas têm de “enfronhar-se dos verdadeiros problemas do mundo atual e esforçar-se por esboçar uma resposta, abrindo novo capítulo de epistemologia teológico-pastoral”, porém vejo que, como no caso de Cornélio, é mais fácil o Espírito convencer o não crente da necessidade do envolvimento dos cristãos, do que convencer os cristãos da necessidade de envolver-se, porque enquanto Cornélio precisou de apenas uma visão, Pedro precisou ter a mesma visão três vezes. Entendo que a grande dificuldade tem sido tirar a igreja do prédio (templo), o que o Pr Ed René Kivitz chamou de paradigma no seu livro “Quebrando Paradigmas”. Nós nos isolamos do mundo em nossos belos prédios, às vezes não tão belos assim, e investimos em boas programações para atrair as pessoas (e isso dá um trabalho danado), consumindo tempo, dinheiro e muitos dons e talentos. Não que isso seja totalmente ruim, porque mantemos nossos jovens longe das drogas e as famílias unidas, porém sobra pouco para investirmos em algum trabalho que realmente atenda as necessidades das pessoas que estão em volta da nossa comunidade ou em volta da nossa catedral. Aliás, esta palavra mostra que a ênfase realmente tem sido tirada da comunidade Corpo de Cristo e transferida para o prédio. Porém, creio que o Espírito está agindo em nossos dias para levar a Reforma para além dos credos e discussões teológicas e a igreja experimentará “o vinho novo e odres novos”.
Abraços.

Unknown disse...

Outra evangelização e outra Missão (comentário Paulo Nascimento)

“o Partir do Pão”
Pistas para uma ação eclesial pastoral pertinente e libertadora.
Introduzindo: é enorme o desafio que os pastores(as) e líderes protestantes têm no Brasil em termos de Missão. “O homem é produto do meio em que ele vive”, “a igreja mundana também”
Os evangelhos mostram que o alvo da libertação é todo o homem e o homem todo, e tudo mais que o cerca.
A Igreja começa com um pastor evangelista que começa a ganhar almas, reunir pessoas para adorar e cultuar à Deus.
Primeiro vem a necessidade do lugar para cultuar, aluga-se algo e começam os necessitados; Pensamos e buscamos ganhar almas para o reino de Deus e precisamos manter um lugar digno para esse povo que não é nosso mas de Deus, e aí...
Devemos carregar a cruz, temos que ser pastores; cuidar das ovelhas, do rebanho, arrumar pasto, moradia, vestuário e alimentação (da palavra), para o povo. Pela fé vamos e Deus supre as necessidades em Cristo Jesus.
A ordem de Deus é anunciar o evangelho a toda criatura. Essa é a nossa tarefa, pastorear, apascentar, cuidar do rebanho e procurarmos imitar a Cristo em tudo.
Vamos construir paraíso na terra?Não, vamos juntar ovelhas e arrebanhá-los e pastoreá-los, o paraíso quem vai fazer é Deus. Não podemos esperar perfeição antes da volta de Jesus, isto não é bíblico?
Em algumas denominações de evangélicos prega-se que o paraíso é agora, você é que o faz. Isto é verdade para todos?
Há equidade na terra?
Há unidade entre as igrejas, pessoas, marido e mulher oram juntos?, filhos e filhas, irmãos e irmãs oram juntos ?
Querer o bem, todos queremos, mas fazê-lo é só Jesus, o Senhor.
Devemos continuar lutando, sim? Incansavelmente, porque devemos obedecer à Deus e o justo viverá pela fé em Deus trino.
Concordo a evangelização deve ser corpo a corpo, sujeito a sujeito, e de sujeito para multidão também do jeito que o Espírito Santo quiser e permitir e trabalhar pois não devemos esquecer que todo o trabalho é do Senhor. O Espírito Santo faz tudo convence do pecado, da justiça e do juízo.
Verdadeiramente, cheios com o amor de Deus e não com hipocrisia, devemos chorar com os que choram e sorrir com os que se alegram? Como sermos cheios de amor de Deus? Com tão diversificado povo? Onde está esta capacitação? Onde está a diversidade de dons e talentos? Eu , respondo: só se encontra no Senhor Jesus.
O Deus trino tem e faz. Por isso nosso motivo maior é o amor. O apóstolo Paulo diz: Se eu não tiver amor , nada serei.
Quem meus irmãos são os vossos irmãos que frequentemente, intimamente se reúnem para orar, louvar e estudar a palavra? Contem-me se alguém tem pelo menos um irmão de oração?
Jesus enviava seus apóstolos: dois a dois, e Ele mesmo Jesus, estava na maioria das vezes acompanhado dos irmãos.
Onde houver 2 ou mais irmãos reunidos em meu nome ai estou no meio deles, com eles.
Se dois dentre vós, concordarem com algo na terra será concedido no céu.
A solução eu creio que seja sairmos da zona de conforto(o individualismo)deixarmos de ser soberbos, abandonarmos a soberba, e entregarmos nossa vida realmente a Cristo.
Busquemos nas igrejas pelo menos um irmão para relacionarmos evangelicamente. Se nos conseguirmos ganhar pelo menos 1, Cristo estará onde estivermos e o milagre acontecerá, como nas passagens bíblicas.
Para lazer, futebol, pescaria, churrascos, aniversários, almoços, jantares, conseguimos juntar grande multidão.
Vamos ver se para jejuar, orar, louvar, conseguiremos pelo menos um. Irmãos peçam a Deus em oração por esse um, para que você o receba, pois tudo vem das mãos de Deus. Deus é a fonte de todo o Bem.
Não creio que o modelo missionário fundado no arquétipo da arca de Noé deva ser abandonado. Deus garantiu a vida de Noé e de sua família que foram trancados na arca.
A obra é do Espírito Santo, as diversas manifestações de poder do Senhor pertence somente a Ele, nós somos servos, vamos trabalhar na arca, cuidar dela até que o Senhor nos deposite em terra firme.Pois, somos Dele, por Ele, e para Ele e dele são todas as coisas.
Todas as maneiras que garantirem salvação ao pecador, à ponto de elevá-lo ao céu devemos aceitar.
Concordo com as bases Teórico-epistemológicos da nova evangelização/missão de item 2.1 sem desprezar a antiga.
Concordo com a relação feita com Mateus 25:31-46, ótimo seria verdadeiramente termos a confiança da sociedade em nos para dirigi-los como Daniel fez no Egito e Neemias para reconstrução de Jerusalém.
O amor de Deus é o remédio para as doenças e mazelas dos povos, bom se pudéssemos juntar as atividades práticas para acabar com a exclusão social , pobreza, o analfabetismo, a fome, problemas de drogas e desemprego.
Todos esses profissionais: médicos (as), enfermeiras(os),assistente sociais, etc. dispostos ao bem e a dividir. Onde os encontra?
Isso não é Utopia?
Se todas as igrejas começarem a correr atrás dos pobres. O que será?
Comecei a levar pobres na igreja central na cidade, logo incomodei muita gente, os pobres eram mal cheirosos, os irmãos não queriam seus filhos misturados com aquele tipo de gente.
Que confusão? Temos que evangelizar a todos do jeito que Deus, n a Pessoa do Espírito Santo permitir.
Aleluias ao nome do Senhor! Amém.

André Szwarcberg disse...

Caro Paulo Nascimento. Agradeço pela sua reflexão. sou aluno do professor NIcanor Lopes.

Creio mesmo na necessidade de reformularmos nossa evangelização, pois tem se mostrado ineficaz através dos anos. A necessidade de uma teologia mais agregadora, ou seja, que reuna os aspectos reveladoas em prol de um serviço mais completo e eficaz. A igreja não pode continuar vivendo de ¨ondas teológicas¨ tais como, evangelismo pessoal, neo-pentecostalismo, onde missionária etc... Tudo é legítimo mas não estáão dissosiados uns dos outros. Estas ondas se completam de tal forma que possamos cumprir com o nosso chamento de forma integral e eficaz. Parece-me ainda que o movimento neo pentecostal veio egocentralizar a igreja, que se fechou dentro das suas próprias paredes para continuamente se deleitar com os benefícios das manifestações do Espírito. Queremos cura interior, queremos milagres, queremos palavras proféticas que nos confortem e aumentem nossa fé, mas isso tudo está represado dentro das quatro paredes da igreja, enquanto o mundo perece.
De fato, é tempo de uma outra evangelização onde se deixa escoar as águas enviadas por Deus para alcançar o homem ferido e dilacerado dentro da nossa sociedade. A evangelização que não é apenas proclamação, mas que começa com ela, passa pela empatia, conhecimento da necessidade integral do outro, ao ponto de vêr o outro completamente transformado, inclusive como cidadão brasileiro. O egoísmo mata a visão do outro, logo impede que sintamos a dor do outro também.

Olhar para fora...através de uma nova proposta de evangelização pode ser a cura que a igreja precisa de todos esses anos vividos para si.

Um grande abraço
André Szwarcberg

Lucio Avellar disse...

Paulo agradecemos pela transparência de suas reflexões, infelizmente a maior parte das igrejas ditas evangélicas brasileiras sofre de um obscurecimento quando se trata de repartir aquilo que possui. O discurso missionário integral está longe dos púlpitos brasileiros. Os membros são apenas fomentados com discursos utópicos de pedidos exorbitantes a um deus que sinceramente desconheço, ou melhor, o conheço como deus-capitalista. A nossa utopia integral é possivwelmente realizável segundo o modelo exemplar que Cristo nos deixou. Todavia temos que tentar encurtar o abismo social criado pelo sistema atual. Creio que a maior dificuldade está em retirar a maior parte do povo, que se diz seguidor de Cristo, da ignorância, retirar o ranço que fora pregado como a mais transparente verdade aos inúmeros evangélicos brasileiros, a vergonha se estampa devido ao nosso quantitativo evangélico brasileiro, capaz de transformar a realidade social brasileira, mas que prefere centrar seus esforços em pedidos dignos do "american dream". Os "pacotes", "manuais" importados dos Estados Unidos satisfazem a muitos evangélicos brasileiros, estes que nem sequer desconfiam que perderam a muito tempo sua identidade e identificação com Cristo.
Lucio Avellar - UMESP - Petrópolis

Marcio Vasconcellos disse...

Paulo, parabéns pelo seu texto e pela clareza na exposição desse tema. Faço minhas as suas palavras: a igreja precisa redescobrir (ou, quem sabe, elaborar pela primeira vez) um paradigma missionário que sinta com os que sofrem, que participe das suas dores e misérias. Somente assim, creio, ela será um reflexo do Reino de Cristo.

Tal Reino, aliás, tem como principal característica a prática do bem. "Jesus andou por toda a parte praticando o bem", e, na qualidade de seus discípulos, precisamos sair das nossas fortalezas eclesiásticas, e enxergar. Enxergar a mãe aflita e inconsolável com a morte de seu único filho, vítima de uma bala perdida; enxergar a dor do viciado, cujas razões para esperança já se extinguiram; perceber a dor e a desesperança do pai de família que perde seu emprego, e com ele, sua dignidade.

Enfim, precisamos enxergar como Jesus, que vê uma multidão saindo da cidade, mas, nela, vê uma mãe, sozinha, chorando a perda do seu filho. Sozinha na multidão - triste retrato de muita gente hoje, inclusive no interior de nossas igrejas - ela só pode ser consolada se outra pessoa dela se aproximar. E é isso que Jesus faz. Portanto, se Cristo é nosso modelo para a missão, convém analisarmos com muito critério e cuidado que tipo de ministério Ele desenvolveu entre os homens. Que Ele mesmo responda: "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boa-nova aos pobres, para dar vista aos cegos, para libertar os cativos e para anunciar o ano aceitável do Senhor", isto é, o Ano do Jubileu, no qual todas as dívidas são perdoadas e toda a dignidade é restituída.

Este é nosso chamado. Todo o resto é, realmente, o resto.

Grande abraço e que Deus te abençoe ricamente!
Marcio Simão de Vasconcellos
UMESP - Pólo Petrópolis

Carlos César disse...

Caro Paulo Nascimento,

Muito oportuna a sua reflexão a respeito da missão integral, que bom que o feedback também tem acontecido.
Realmente, essa conversão da igreja ao mundo só se dará ao momento em que ela ascultar essas dores através não só do diálogo entre teologia e filosofia, mas abrir-se para os resultados obtidos pelos estudos em Ciências Sociais, pena isso ainda ser uma barreira. Porém essa reflexão já está refletindo em nosso meio, seja nas CEB's, nas agências missionárias que trabalham em território nacional, só é preciso ser mais efetivo e alcançar a igreja como um todo. desejo que esse espaço continue contribuindo para tal.

Abraços,
Carlos César

Luciano Calchi disse...

Boa noite Paulo.

Meu nome é Luciano Calchi, pólo guaianazes.

O fato é que a igreja tem sofrido pela sua própria negligência, tem pagado um preço muito alto, por ignorar o homem como um todo, não tendo sensibilidade para perceber que a igreja tem que ser muito atuante na sociedade, pois se esquece que seus membros fazem parte da mesma, existem mães sofrendo por seus filhos que são dependentes químicos, estão em prisões, homens e mulheres viciados em bebida alcoólica, pessoas vivendo no limite, estressadas, depressivas, sem emprego, dificuldades financeiras, não tendo o mínimo para sobreviver de forma digna. A igreja não pode mais fechar os seus olhos e acreditar que está tudo bem.

Um abraço e que Deus te abençoe.

Adriana Reis disse...

UMESP (Universidade Metodista de São Paulo), Integralização de créditos em teologia, Pólo Ceres.
Graça, paz e Parabéns pelo trabalho. Achei sinceramente seu artigo de suma importância, pois as igrejas estão indo por um caminho diferente da vontade de Deus, caminho esse que a leva para longe do contato com a realidade social, estamos com a visão turva, trancafiados dentro das nossas igrejas separadamente e esquecendo-nos que somos uma só igreja de Cristo, grande, numerosa e poderosa, a qual tem o dever de levar as boas novas a todos os seres humanos, fomos incumbidos com essa tarefa (Mateus 28.19: Marcos 16.15). Mas obviamente nem todas as pessoas foram apresentadas a Cristo, convidadas a fazerem parte da igreja como uma só em Cristo. Ainda se encontram espalhadas pelo mundo a fora, longe do conhecimento, da comunhão e da vontade de Deus de salva-las. A cada dia mais e mais pessoas são consumidas pelo mundo, e esse numero se torna muito significante. Precisamos nos libertar de onde estamos fechados, trancafiados, nos lembrando dos levitas do Senhor, que foram espalhados por sua nação para um trabalho bem amplo do ensino religioso, trabalho social e cultural (Números caps. 3 e 4).
Pastora Adriana Reis.

Unknown disse...

Ola Paulo,
sou Luiz Otavio N Gomes, presbiteriano aluno em Brasilia da validacao pela UMESP. Belo texto. Creio que além da dificuldade da inserção social, temos tambem um grave problema de identidade cristã. O que significa ser cristão ? O que é Igreja ?
Não conseguimos até hoje responder satisfatoriamente estas perguntas. Como se pode realizar uma inserção social, se muitas vezes as Igrejas possuem os mesmos modelos de exclusão, que privilegia certos irmãos segundo os parâmetros de cada doutrina/denominação (dons, conhecimento doutrinário, cargo de liderança, atividade secular...)
Precisamos entender o "ser" cristão e o "ser" igreja.
parabéns pelo espaço para o diálogo e crescimento.
Um abraço.

Mirton disse...

Graça e Paz.
Sou Mirton Moraes de Souza, advogado,aluno do curso de integralização de créditos da universidade Metodista, polo de Porto Velho-RO.
Vejo que o conceito de missão de nossas igrejas evangélicas deverá ser repensado para que não possamos fracassar como igreja instituída por Jesus cristo. Nos dias atuais devemos fazer a leitura do texto bíblico: " se alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram" (Romanos 12,15.)Assim, o projeto de missão das igrejas não poderá desprezar as dores do mundo.
Parabenizo pelo seu trabalho.
Forte abraço.
Mirton.

sergioantoniopaz disse...

Amado, entendo que todo homem, de um modo geral, honesto, quando se fala sobre o papel das igrejas em relação a assistir melhor a sociedade em um todo. Quando se pede sugestões sobre as necessidades do homem enquanto pessoa, no que diz respeito em propiciar ao homem uma vida digna, onde se garante os seus Direitos Humanos, estaremos diante de sugestões contrárias e favoráveis sobre de como é ou deveria ser as ações das igrejas em serviço da sociedade. Tenho por mim, que Igreja, corpo de Cristo, difere de igreja, comunidade, sendo assim, a Igreja dirigida pelo Espírito Santo,obediente a Sua ação, não deixará de enxergar que o alvo da libertação é todo o homem e o homem todo. Em se tratando de nosso país, entendo que ainda a maioria não tem comunhão com o Espírito Santo, quando assim houver, teremos outros alvos para serem discutidos, e propostas para serem analisadas. Que as igrejas têm de "enfronhar-se dos verdadeiros problemas do mundo atual e esforçar-se por uma resposta...", concordo, mas a resistência do mundo não é o que igreja vive "desnuda"? Ou a igreja não se sensibilizou ainda pelo motivo que pertence a esse mundo?
Devemos ser de Cristo (João 15).

Sérgio Antonio - PERUS.
Matrícula 178113

Elias Mendes-Gomes disse...

Pr. Paulo Nascimento,

Sou Elias Mendes (UMESP – Polo Mauá) e fiquei muito contente com suas reflexões que mostram bastante maturidade e compromisso com a missão integral da Igreja. Confesso que abordei o texto com o “pé atrás”, esperando ser uma daquelas leituras que se propõe a discursar sobre a missão integral, mas que termina por deixar de lado a dimensão salvífica de nossa proclamação ao mundo, preocupando-se apenas com o “aqui e o agora”.

Obrigado por realmente zelar pela missão integral da igreja. Achei particularmente interesante a imagem que o senhor usou para representar a igreja em nossos dias, a do arquétipo da Arca de Noé, onde ela flutua em direção à salvação quando deveria se mergulhar nas águas e sentir “junto os demais a possibilidade da morte”.

Enfim, obrigado por nos desafiar a obedecer a vocação a que fomos chamados.

Unknown disse...

O texto sugere à missão eclesial-pastoral (pastores/pastoras) apresentar as boas novas do Evangelho ao homem carente de redenção pessoal, a promoção à libertação, a reintegração social. A missão da igreja deverá incluir
Rm 12:15"se alegre com os que se alegram e chorar com os que choram".(Eloisa aluna do professor Nicanor)

Messias Júnior disse...

Concordo com o autor deste post. Como Igreja precisamos urgentemente buscarmos "novos" caminhos para uma evangelização e uma missão integral que nos aproxime da realidade das pessoas.
Evangelizar para ganhar almas, parece-me platônico e um tanto abstrato a concretude do evangelho.Foge da realidade do homem como um todo e não cumpre-se efetivamente o relacionamento e apoio aqueles necessitados de ajuda em todos os sentidos da vida.

jose.silva62 disse...

Paz do Senhor, meu nome é José Edson Belfort da silva, sou aluno do polo de Porto Velho-RO.
Falar de missão e evangelização, principalmente hoje é falar do pouco que igreja tem feito. Hoje o problemas sociais que enfrentamos estão crescendo de uma forma alarmante só a igreja de Cristo tem a solução, precisamos colocar em prática tudo que o Dono da igreja tem nos ensinado através da sua palavra, é tempo de nos levantar como voz profética e mostrar os beneficios do Reino de Deus que prega: Justiça, paz, direitos humanos, amor etc... Entre outras coisas Vida plena, ou seja vida com dignidade.

José Abreu disse...

Meu nome é José H. de Abreu; considero a missão como a atividade fundamental de todas as igrejas pois todos terá que haver um esforço conjunto de todas as religiões para a consecução do chamado projeto de Deus cujo objetivo é a evolução de todos os povos independentemente de raça, nacionalidade ou contexto sócio-econômico no sentido do aperfeiçoamento espiritual direcionado para a aproximação ao Senhor.
A missão é de incomensurável envergadura exigindo pois imensa dedicação de todos os que nela se empenharem .
Não ´pode haver tensão de qualquer espécie entre os agentes das missões pois devemos ter sempre a responsabilidade na qual nos investimos.

Pastor Luis Nogueira disse...

Caro Paulo Nascimento,
Graça e Paz.

sou aluno do curso de integralização da metodista-polo de fortaleza. Hoem de Deus, suas colocações não só são verdadeiras mas sérias, reais e necessário é que os líderes atentem para esta realidade. Eu fui presidente de associação comunitária no interior do estado do ceará, e pela graça e misericórdia de Deus, hoje dirijo um trabalho evangelístico na periferia de Fortaleza, onde nós choramaos com os que choram, devido a violência, drogas, prostituição, etc...mas o Senhor tem nos feito sorri juntamente com eles diante das vitórias e a comunhão que este trabalho tem gerado. meus parabéns, por suas colocações sérias e verdadeiras.Conte com minhas orações.
Em Cristo,
Pr Luís

Unknown disse...

O conceito de missões/evangelização de nossas igrejas hoje é algo muito vago, aquém do que gostaríamos que fosse – Enquanto as igrejas conclamam uma práxis religiosa, o homem tem se perdido no emaranhado de mesmice e lentidão. Não vemos a realidade ser vista no plano missionário, tampouco vemos o mundo esboçar respostas que possam abrir novos caminhos para que possamos chegar as conclusões que queremos e precisamos.
A Igreja Protestante brasileira ainda está longe de atender as necessidades do homem. É necessário que elas Igrejas se unam numa só voz e pensamento e que deixe para trás a teoria e pratiquem efetivamente a práxis daquilo que pregam em sua área de conforto.
Há um grande desafio a ser enfrentado pela liderança das nossas igrejas , que na maioria delas vivem fechadas em seu mundo privatizado e preconceituoso.

Benedito disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Benedito disse...

Outra evangelização e outra missão

O autor apresenta pistas para uma ação da Igreja junto a sociedade. O Brasil dispõe de muitos aspectos negativos na sociedade, incluindo a desigualdade social. Na verdade, acredito que quando o evangelho é pregado, seguindo a orientaçao bíblica, alcança o seu objetivo que é a transformação da vida pessoal. O mundo em toda a história se viu diante de uma humanidade carente da graça divina, atualmente nota-se uma condição ainda mais periclitante e requer uma abordagem bíblica e a utilização de estratégias buscando a melhora da sociedade como um todo. Temos a Sociologia, a Economia e a Ciência Politica que podem nos auxiliar nessa abordagem. Concordo que devemos aproveitar todas as oportunidades e meios disponíveis para alcançar as pessoas, é a nossa missão. A necessidade para tanto de pessoas capacitadas e muito bem treinadas para que o alcance seja maior. O envolvimento do povo de Deus, preparado para tanto, com certeza trará resultados surpreendentes.

Jerdanor disse...

Meu entendimento como outra evangelização e outra Missão


Do meu ponto de vista teológico : não é uma tarefa fácil,, mas também não é impossível. E é a partir do pressuposto; que as igrejas compreendam as si mesmas .
Não mas como concretizações do reino, mas como ensaios e antecipação da nova humanidade , o conceito de missão de evangelização necessitará elastecer –se e reiterarmos a sugestão de Yves quanto à necessidades da qual as igrejas têm de enfronhar-se dos verdadeiros problemas do mundo atual; e esforçar-se por esboçar uma resposta abrindo novo capitulo de epistemologia teológico –pastoral .
Em vez de partir unicamente do dado da revelação ou tradição, como geralmente fez a teologia clássica.
Missão deve incluir uma reverbação das dores do mundo no interior das igrejas. Em linguagem bíblicas trata-se de se alegrar com os que se alegram e chorar com os choram “(Romanos 12; 15. E mais do isso: é carregar à Cruz , que implica nos riscos da perseguições , martírios ou até à morte!...

Unknown disse...

Ópio coisa nenhuma
Pra não parecer redundante gostaria de propor uma reflexão na seguinte questão:
O que faz uma instituição (igreja) formada por membros de um meio (comunidade local) viver inerte a este mesmo meio, sendo ela mesma vítima dos problemas deste?
Será que estamos seguindo o paradigma de missão do Cristo, e se não, se estamos dispostos a pagar o preço para resgatá-lo?

Unknown disse...

Graça e Paz!

Seu texto faz coro com meu pensamento acerca deste assunto. Creio que as igrejas não podem continuar a viver em seus 'guetos' de alinenação social. O Evangelho de Jesus diz que temos que viver e amar o próximo como a nós mesmos e isso só é possivel saindo da nossa 'zona de conforto' e 'sujando' as mãos junto ao povo! É preciso mais que pregações a respeito. É necessário que se comece alguma atividade que integralize o evangelho às boas obras que Jesus falou e excluindo o assistencialimo proselitista.
Parabéns pelo texto.

rogerio.santana disse...

Meu nome é Rogério Santana, aluno do curso de Integralização de Creditos de Teologia - pólo Porto Velho-RO.

Considero sua abordagem rica e profunda, no que tange missão da igreja. Nós como agentes do Reino de Deus, temos que promover a humnidade a aplicação e instauração deste Reino. O poder do evangelho e eficazmente capaz de propiciar uma mudança no homem e o seu meio social.
Que a NOIVA, DESPERTE para a sua verdadeira MISSÃO e deixe o que é secundario (templos suntuosos, dinheiro, ostentação vaidades e diferenças de pensamentos) e realize suas obras.
Paz e Graça

ROGÉRIO SANTANA

Unknown disse...

Maria do Socorro Becker disse. E-mail: maria.becker@gmail.com
Paulo Nascimento.
A paz do Senhor! Parabéns pela coragem de colocar em debate um assunto tão relevante para todos nós como igreja do Senhor participarmos. Pois a partir do momento que chegou ao nosso conhecimento o significado de Evangelização e Missão nos sentimos devedores, porque na verdade a nossa contribuição tem sido a mínima ou insignificante. Porque falta muito o empenho da igreja pra cumprirmos a Missão no seu significado para com aqueles, os quais Deus tem enviado ao nosso encontro. Pois como igreja é mais fácil e mais cômodo se alegrar com quem se alegra do que chorar com os que choram.
Obrigada por nos alertar, portanto (Mt. 25.31-46) bate a nossa porta para uma mudança, ao contrário prestaremos conta a Deus naquele grande dia de tudo o que omitimos e de tudo o que nos negamos a fazer

Blog do Dirk disse...

Acredito que as lentes que enxergam a realidade de nossos dias nas ciências sociais podem estar algumas vezes desfocadas, mas vale-se dela para que ajustando-as à luz da Palavra tenhamos uma aproximação exata de nossas verdadeiras realidades.
Uma igreja voltada aos princípios da igreja primitiva tem um coração aberto a estas necessidades. O que normalmente acontece são os modelos rígidos do tradicionalismo, e mesmo a falta de conhecimento da Palavra que criam descaso com a realidade.
A igreja brasileira precisa cair na graça do povo.
Pr Dirk Daniel Dijkstra
Aluno do curso de Integralização de Créditos em Teologia - Universidade Metodista

Norma disse...

O texto é maravilhoso. Precisamos refletir a respeito de nossa prática porque o mundo mudou, as pessoas mudaram. Li alguns comentários dos irmãos e acho perigosa a idéia de que somente os pentecostais falham. Haverá outra evangelização e outra missão, de fato, na unidade do corpo de Cristo. Não adianta procurar o “bode expiatório”, a luta é também contra nossos preconceitos.

Nilva Freitas disse...

Achei muito interessante o comentario de Paulo Nascimento pois ele conseguiu colocar todas as dificuldades que a igreja te enfrentado e dar algumas soluções praticas.Realmente o alvo da libertação é todo o homem e o homem todo, incluindo a realidade que lhe cerca. Quando ele aborda que a igreja deve mergulhar nas aguas e sentir junto com os demais a possibilidade da morte, traz uma profunda reflexão. É preciso eliminar as fronteiras entre a igreja e a sociedade. Usando toda a mão de obra profissional, (que é rica )e a igreja possui. Atingindo assim todo mundo como ordenou Jesus.

Unknown disse...

dComentario de Paulo Nascimento


Comentario interessante pois traz propostas que poderão ser usadas pelas igrejas e obter grandes resultados para melhor alcançar os propositos de Deus.

No Brasil, pastores, pastoras e líderes protestantes em geral possuem uma missão integral que é de suma importância para o desenvolvimento sócioeconômico, físico e espiritual do homem em sociedade.As igrejas evangélicas não contam com uma estrutura unificada como é na igreja católica, isto é, não somos unidos,portanto cabe a cada segmento evangélico propor por si mesmo e reavalir seu conceito de missão.Para complicar mais, a realidade brasileira é dotada de muitos indicadores sociais negativos como: uma péssima distribuição de renda, uma péssima ocupação da terra e consequentemente, problema de habitação, criminalidade intensa, péssimas condições de saúde e educação.É evidenciado nos evangelhos através dos ensinamentos de Jesus que o alvo da libertação é todo o homem e o homem todo, incluindo a realidade que o cerca.Apesar do chamado para as "boas novas" do evangelho ser pessoal, a partir dos encontros pessoais e atitudes do salvo em Cristo em sociedade, como o fermento que leveda toda a massa, esse projeto vai ganhando corpo e, consequentemente, uma antecipação ensaiada do "reino de Deus" com a expanção do mesmo.Portanto, evangelização é somente um dos aspectos da missão, mas também é aquela que integra o homem todo na sociedade, salvando-lhe a alma, através da missão eclesio-pastoral e também pelo quadro de membros da igreja que na sua maioria, profissionais de áreas específicas que podem oferecer seus serviços filantrópicos nos bairros carentes onde estão presentes como igreja do Senhor Jesus.

Pra. Cristina do Amaral disse...

Entre no Blog: “Ópio coisa nenhuma” de Paulo Nascimento e participe do debate:
“outra evangelização e outra missão” disponível no site
http://opiocoisanenhuma.blogspot.com/2009/02/outra-evangelizacao-e-outramissao.
html - acessado em 27/02/2009.

24/03/2009

Penso que seja um tanto precipitado, da parte de Paulo nascimento dizer: Todavia, aos teólogos/teólogas, pastores/pastoras e líderes que conduzem essas igrejas já extrapolou o momento de perceberem que tal modelo de evangelização é somente um dos aspectos da missão, não sendo nem mesmo o prioritário, já que não há hierarquias e prioridades na missão eclesial conforme os Evangelhos. Ele esta generalizando, a conduta de: como Ele mesmo diz, essas igrejas. Há Igrejas, Organização Missionárias, trabalhando a luz dos Evangelhos, talvez o resultado não seja tão expressivo. Acredito que isso se passa, graças há distanciamento, uns dos outros. Por outro lado, muitas Igrejas e Organização Missionária têm interagido, com o pobre, e o rico, com muita lentidão dando um pequeno espaço para o pobre. Pois tem praticado um evangelho Integral. Isso se dá com o tempo, e a persistência, em trabalhar com ambos os grupos. Um desafio para todos a cada dia.

Carlos disse...

Orientação relevante.
Ópio coisa nenhuma é uma orientação aos pastores e líderes em geral que precisam ter uma visão ampla de evangelismo/missão. A igreja não está plenamente consciente de todo seu papel na sociedade onde está inserida porque não tem uma visão clara de que o evangelho alcança todo homem e o homem todo. O autor então, elabora pistas de como fazer usando instituições que já existem. Ele fala de articulação prática. Segundo ele, cada contexto revelará a sua situação onde deve oferecer tratamento diferenciado. O evangelho está aí para ser pregado como um todo e com todos os dados para pesquisa e com toda problemática a vista não podemos virar as costas.
Carlos Polo de Ceres - Go

Unknown disse...

Outro Evangelho e Outra Missão
por VALDIR BRISOLA DE ALMEIDA - terça, 24 março 2009, 23:12
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Outra Evangelização e Outra Missão

O tema parece chocar, à primeira vista, ao propor “outra evangelização e outra missão”. Uma leitura apressada poderia fazer entender exatamente o contrário do que Paulo diz aos Gálatas, capítulo um. Não se trata de “outro evangelho”, mas outra proposta evangelizadora; outra forma de evangelizar. O Evangelho é o mesmo e a missão é a mesma, conforme Isaías capítulo 61: 1-2: Proclamar Boas Novas aos quebrantados, libertação aos cativos e consolo aos que sofrem.

Fazer uma releitura do Evangelho e de nossa sociedade pelo eixo hermenêutico das ciências sociais poderá, sem dúvida, ajudar à igreja a interpretar o contexto em que vive e a diagnosticar a realidade do povo-alvo de sua missão.

O receio de perder sua identidade e de secularizar-se tem feito a igreja manter-se focada na salvação de almas individuais. Relevante e oportuno num debate como este, é o destaque dado à conquista do protestantismo quanto à salvação pessoal. Porém, o indivíduo jamais poderá ser desconectado de sua experiência comunitária. Todo projeto salvífico do Deus de Israel foi salvar todas as famílias e povos da terra.

Requer-se da igreja hoje, uma revisão e atualização de seu conceito de salvação e missão. O cristão deve ser, como o próprio Cristo afirmou, o fermento que leveda toda a massa. A influência dos cristãos em suas mais diferentes áreas de atuação, e da igreja, enquanto comunidade eclesial, precisa envolver-se nos diferentes espaços sociais a fim de ouvir, sentir e vivenciar os clamores da humanidade no seu contexto. Só assim o Evangelho será uma Boa Notícia!

Grande equívoco por parte de alguns setores da igreja brasileira, tem sido o de se envolver institucionalmente nas estruturas políticas. Tal postura evidencia sua fragilidade e vulnerabilidade à corrupção que permeia os meios (mal) ditos evangélicos.

Doloroso desafio será elaborar uma agenda missionária e um orçamento eclesiástico que contemple ações saneadoras dos sintomas de patologias sociais e uma análise profunda das causas estruturais que tem levado a sociedade ao caos social


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[ Modificado: quarta, 25 março 2009, 00:45 ]

manoel disse...

Neto alunos de Fautino e NIcanor Aos chamados para fora,compete obedecer o mandamento, Ide e fazer discípulos, enquanto Arautos do grande Rei Senhor dos Senhores,é´preciso esta crucificado com Ele e além de estar no Reino pertencer ao Reino,como sudito e proféta do Rei e não se conformar, com as injustiças e disparidades sociais.Para tal é preciso denunciar a corrupção na política na economia na sociedade na igreja denunciar as péssimas condições da saúde educação trasporte segurança, ou seja a vida não só de ovelhas, mas também de lobos e gados a que esta submetido os menos favorecidos. (Oséias 4:1,2,3) Paulo que o Espirito Santo continue ti usando. Neto

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Olá, SOU MÁRCIO JOSÉ, aluno do Prof Nicanor Lopes (EAD - Santos) Estendo que a igreja, como um todo,precisa reavaliar sua missão e suas prioridades, para que se pareça, cada vez mais, com a Missio Dei. Acredito numa fragilidade teológica no Brasil, e na dificuldade de se firmar uma identidade baseada nas Escrituras.
Apesar disso, existe um grande esforço para se evangelizar de uma forma eficaz. Acredito na evangelização pessoal, através do estilo de vida, e não somente com palavras carregadas de tendências denominacionais.