terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O FASCÍNIO TOTALIZANTE


Discipulado e espiritualidade a partir de Lucas 5,1-11

Introdução

Os Evangelhos canônicos podem ser vistos sob três pontos de vista distintos. Há quem os veja como produto artificial da fé dos primeiros crentes. Geralmente essa é a posição de uma fé mais intelectualizada, alimentada pelos resultados da exegese. Gente com iniciação teológica formal. Na contramão dessa posição, há aqueles para os quais os Evangelhos representam ipso facto a caminhada histórica de Jesus de Nazaré. Isto é, para esses, aqueles relatos correspondem aos fatos concretos de um determinado período de sua história. É o povo de fé simples, sem iniciação formal em teologia e que mal suspeita da existência de algo chamado exegese.

Numa posição que se poderia chamar de intermediária se situam aqueles que mesclam essas percepções e dizem que os evangelistas promoveram uma amálgama de elementos históricos com elementos não-históricos, frutos da fé. O símbolo dessa amálgama seria o próprio nome Jesus Cristo: Jesus representando os elementos históricos; Cristo representando os construtos não-históricos da fé.

Sem penetrar mais nessa discussão um tanto estéril, o que não se pode negar, qualquer que seja a posição assumida aí, é que os Evangelhos sejam produto da fascinação exercida por Jesus de Nazaré nas mentes das comunidades surgidas em torno do seu ideal. Em paralelo aos elementos da fé, da esperança messiânica, e mesmo dos ideais nacionalistas de Israel como motivadores para a redação desses escritos, os Evangelhos surgem também sob a força da fascinação provocada por Jesus de Nazaré naquelas testemunhas.

A perícope de Lucas 5,1-11 que se irá observar aqui, além de ser juntamente com os demais relatos evangélicos, produto da fascinação exercida por Jesus de Nazaré, constitui-se como relato mínimo dos porquês e do como esse poder fascinante foi exercido pelo jovem nazareno. A nosso ver, ela sintetiza elementos que permanecem eficazes como fatores fascinantes a fim de informar e alimentar a caminhada das comunidades e dos homens e mulheres que insistem na senda do discipulado ainda hoje.

Jesus de Nazaré permanece fascinante. Seu legado, seu sonho, sua companhia revivida e atualizada na comunhão dos discípulos de hoje, permanecem fascinantes. Por outro lado, nenhum de nós pode negar que as instituições de todo tipo, mormente as religiosas, parecem reservar uma pulsão ontológica para a repetição acrítica como preservação da tradição. Tal impulso acaba por embotar a caminhada comunitária e pessoal com o enfado inerente a toda ausência de novidade e de criatividade. A rotinização da fé é uma maldição para a fé. Talvez o fascínio que emana de Jesus de Nazaré ajude a todos e todas a recuperarem o fulgor de um seguimento vivo, alegre, celebrante e espontâneo. Se não for atravessado pela fascinação, o discipulado poderá ser expressão de opressão existencial, oculta sob as formas das obrigações religiosas e institucionais.

Doravante, chamaremos de fascínio totalizante a esse poder que é concomitantemente destrutivo e construtivo. Porque somente à luz dessa idéia é que se pode compreender que Pedro, Tiago e João tenham “deixado tudo” (v. 11) a fim de que o discipulado lhe devorasse as vidas. O fascínio totalizante é destrutivo porque faz ruir antigas visões de mundo, junto com toda esperança que delas deriva. Mas é também construtivo, visto que no lugar disso edifica a esperança que se funda no sonho do Reino de Deus e em tudo que lhe é peculiar.

1. O fascínio totalizante nasce de uma palavra cheia de vida e de amor (v. 1-3)

A palavra é fio condutor das relações humanas. Ao mesmo tempo em que é veículo de significados, a palavra é a própria forma concreta com que o significado existe. De outra forma, nenhum significado é imparcial e totalmente estéril do ponto de vista afetivo. A palavra, qualquer que seja o contexto onde se dê, comunica e encarna afetos, para além do seu significado. Se digo “casa”, não comunico apenas um significado que remeterá às imagens correlatas com as quais identificamos esse ente. Ao dizer “casa”, além disso, evoco a afetividade apegada à imagem que a casa comporta para quem me ouve: afago, proteção, descanso, miséria, tormento, humilhação, e etc.

Fundamentalmente a palavra e o discurso podem se articular sob duas expressões: uma dirigida pelo caráter conceitual/digital, e outra dirigida pelo caráter imagético/icônico. Essas expressões da palavra e do discurso não são antagônicas. São derivações inerentes à própria comunicação humana. As culturas orientais, tais como a própria cultura judaica, sempre foram notoriamente caracterizadas pela articulação imagético/icônica da palavra. Por exemplo, se desejo dizer quem é Deus, evoco uma imagem que melhor exprima minha percepção: Deus é o Leão da Tribo de Judá. Já a articulação conceitual/digital da palavra e do discurso, embora tenha fortes raízes entre os antigos gregos, é um dos desenvolvimentos da modernidade e particularmente do projeto positivista no que diz respeito à descrição do mundo. Por exemplo, se desejo dizer quem é Deus, faço-o por meio de conceitos objetivos, neutros e frios: Deus é o fundamento do Ser.

Logicamente a linguagem imagético/icônica comporta maior possibilidade de afetividade em relação à linguagem conceitual/digital. Dificilmente nos emocionamos perante a leitura de uma dissertação científica. As teses, dissertações e monografias, ao custo da eficácia, devem pagar o preço da frieza e da imparcialidade afetiva. Por outro lado, é comum que nos emocionemos perante um breve trecho de poesia, porque perpassado por imagens que fazem eco no interior de nosso ser. Acessam mais facilmente as “zonas quentes” de nossa personalidade.

Jesus de Nazaré, fiel à cultura do entorno, foi prolixo no uso de uma linguagem imagético/icônica cheia de vida e amor. No lago de Genesaré, no barco emprestado de Pedro (v. 3), exerce um dos papéis mais recorrentes de sua atividade: o de didáskalos – mestre das multidões.

A sua palavra carregada de vida e amor, ou a sua palavra que deriva de uma vida de amor, é uma palavra fascinante. É palavra fascinante capaz de aguçar o senso crítico perante outras palavras, pois é palavra dita “com autoridade”, a despeito da palavra que diziam os teólogos (Mt 7,29). É palavra fascinante porque redescobre a santidade do cotidiano do povo pobre. À luz dessa palavra fascinante não é sacrílego que se compare o Reino de Deus, por exemplo, com uma mulher que perde e procura uma moeda dentro de casa (Lc 15,8-10). Fascina, portanto, porque devolve ao povo pobre uma dignidade de dimensões inauditas: Deus e seu mistério lhe são tão próximos que podem ser a eles comparados. É palavra fascinante porque rejeita o logocentrismo e a verbolatria, vícios da religião organizada. O mistério de Deus e de sua vontade – para além do que informa a Lei – reverberam nas imagens proporcionadas pela natureza: entre as aves do céu e os lírios dos campos, por exemplo (Mt 6,25-33).

Geralmente, o caminho da religião organizada faz com que a vida sirva à palavra. Também no barco de Pedro se presentifica a inversão desse vício. A palavra de Jesus de Nazaré é fascinante porque é palavra que serve à vida. Daí deriva a liberdade interpretativa de Jesus perante a Lei: “ouvistes o que foi dito aos antigos, mas eu vos digo...”. Se o povo se aglomera junto ao lago de Genesaré (e em muitos outros lugares) para ouvir e dar assentimento a essa palavra fascinante que serve à vida, é porque já doíam as algemas de uma vida subserviente à palavra da religião. Portanto, essa palavra é fascinante porque é palavra libertadora e emancipadora.

Por todos esses motivos a palavra e o ensino de Jesus de Nazaré são portadores do fascínio totalizante. É ela que, em primeiro lugar, fundamenta o “deixaram tudo” de Pedro, Tiago e João. É essa palavra, em primeiro lugar, que veicula e encarna o fascínio totalizante de Jesus de Nazaré.

2. O fascínio totalizante cresce em meio ao milagre (v. 4-7)

Definitivamente eu não desejaria me envolver numa discussão acerca da legitimidade dos milagres descritos nos Evangelhos. Sim, é verdade que a sociedade na qual viveu Jesus de Nazaré era uma “sociedade milagreira”, como afirmava José Comblin. Se tomarmos a mentalidade de nosso tempo como referência, também é correto dizer com Bultmann que aqueles dias eram caracterizados pela hegemonia de uma visão pré-cientifica do mundo, onde os relatos de milagres e intervenções divinas faziam parte do cotidiano das pessoas.

Não obstante, nenhuma dessas opiniões é suficiente para obstaculizar a possibilidade do milagre. Mais ainda: a fé em Deus traz a possibilidade do milagre na sua raiz. Confessar a fé em Deus é, desde já, confessar que esse mundo está aberto à transcendência. Portanto, é contraditório confessar a fé em Deus e obstaculizar definitivamente a possibilidade do milagre.

Sendo assim, o que nos importa aqui não é tanto a legitimação da historicidade do fato. Nem os autores dessas narrativas se esforçaram para isso. Simplesmente narraram! A evidência dos fatos repousa sobre a própria força da narrativa. Então, o que nos importa aqui é o sentido que a narrativa evoca, e esse sentido é: o milagre reforça o fascínio exercido pela palavra dita por Jesus no barco!

Mas por que o milagre fascina? O que justifica dizer que o milagre também veicula um fascínio totalizante capaz de fazer aqueles pescadores “deixarem tudo”?

Uma resposta rápida seria a de que o milagre fascina por seu poder visual. É verdade! Eu também me fascinaria diante dos peixes transbordando de uma hora para outra no barco depois de uma longa noite de trabalho debalde no lago de Genesaré (v. 6-7). Eu babaria perante uma mão atrofiada que se recompõe à sua postura normal num segundo. Eu não saberia o que dizer perante alguém que diante de mim caminha sobre as águas. Eu permaneceria estupefato por uma semana se presenciasse a cura instantânea de um leproso, de um paralítico ou de um cego de nascença. O milagre fascina, portanto, já pelo poder visual que se diferencia de toda normalidade da vida. Mas isso não é tudo. É somente a dimensão superficial do fascínio que o milagre exerce.

Mais profundamente, o milagre fascina por sinalizar a abertura de nosso mundo ao transcendente. O milagre não é a única maneira de dizer isso, mas é uma das possibilidades. A oração, mesmo aquela não atendida, é milagre, porque se funda na mesma lógica: a de que não há obstáculos em relação à transcendência! Em linguagem bíblica, tanto o milagre quanto a oração são vaticínios de que “o véu da separação se rasgou de alto a baixo”. Por isso oro! Oro porque, conforme o milagre sinaliza, a cisão entre transcendência e imanência já não faz mais sentido.

Outra questão sobre o milagre necessita ser dita.

Tornou-se senso comum entre crentes de todas as confissões (e mesmo entre teólogos notáveis!) a idéia de que o milagre é um recurso de última instância. Em outras palavras, o lugar do milagre estaria na incapacidade humana, no extremo das suas impossibilidades. O milagre ocorreria quando já não houvesse recursos disponíveis no plano habitual das coisas. Dietrich Bonhoeffer se opunha a essa idéia ferrenhamente. Dizia ele que aí se trata de um deus ex machina, ou seja, de um “deus que sai da máquina” quando a força humana termina. Também dizia que Deus (e o milagre) deve sair dos extremos e vir para o centro da vida. O milagre, enquanto a abertura do mundo à transcendência, não se dá somente nos extremos das impossibilidades humanas, mas também se dá nos interstícios do cotidiano a fim de fascinar, de reforçar a confiança e de legitimar a parceria de Deus junto ao ser humano.

O milagre da perícope que nos ocupa ratifica essa noção. Ocorre no centro da vida, e não nos extremos das impossibilidades humanas. Embora o trabalho de toda uma noite não tivesse logrado sucesso, Pedro, Tiago e João não estavam definitivamente impossibilitados do sucesso da pescaria. O fracasso de uma noite poderia ser sucedido pelo sucesso da próxima. Não se trata, portanto, de algo “impossível” o milagre que Jesus realiza. Trata-se de algo perfeitamente “possível” e até “provável”.

É justamente por causa dessa parceria incondicional – nos possíveis e nos impossíveis da vida – que o milagre é fonte de um fascínio totalizante e arrebatador. Os discípulos “deixam tudo” justamente porque o milagre de Jesus aponta para uma inserção de Deus em todo o cotidiano, e não somente nos extremos da vida. Junto com o fascínio de uma palavra cheia de vida e amor, o milagre faz crescer esse poder arrebatador que temos adjetivado de fascínio totalizante.

3. O fascínio totalizante se consolida no seguimento e no discipulado (v. 8-11)

O seguimento e o discipulado surgem como efeitos diretos do fascínio exercido por Jesus de Nazaré por meio da palavra e do milagre.

“Deixar tudo” é uma profunda decisão existencial. É normal que “deixar tudo”, qualquer que seja o caso, seja uma atitude tomada com muita ponderação, como resultado de extensa reflexão pessoal. Mas nada disso esteve implicado no episódio, posto que não houve tempo. Então, o mais correto seria dizer que Pedro, Tiago e João foram “arrebatados” por isso que temos chamado de fascínio totalizante presente em Jesus de Nazaré.

Todavia, o texto também indica que essa não foi a reação súbita daqueles pescadores. Certamente marcados pelo imaginário religioso popular, a reação súbita é um senso de indignidade diante de alguém tão especial. Dessa forma, Pedro pede que Jesus se afaste dali (v. 8). Talvez essa atitude corrobore a suspeita posterior de Rudolf Otto, de que ninguém atravessa a experiência do sagrado sem o sentimento de estar diante de um mistério tremendo e fascinante. Ao mesmo tempo em que o sagrado atrai por meio de um fascínio peculiar, ele também repele por meio de um assombro peculiar, psicologicamente traduzido num sentimento de auto-depreciação. Também Isaías parece ter experimentado a dimensão de mistério tremendo do sagrado: “estou perdido, porque sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo impuro” (Is 6,5).

Todavia, o que recebem como resposta é algo de fato surpreendente. O fascínio antes exercido por meio da palavra e do milagre se plenifica no interesse pessoal que Jesus de Nazaré expressa por aqueles pescadores.

Mas a adesão ao discipulado e o seguimento súbito e incondicional não reservam um poder per se. Isso porque estão imbricados aí um elemento objetivo e um elemento subjetivo nesse ato. O elemento objetivo é a própria causa à qual estão sendo arrastados. É o fator externo da questão. Esse elemento é objetivo porque não procede dos próprios pescadores. Antes, está dado a eles de fora. O elemento subjetivo, por sua vez, é a possibilidade de “encontro com o sentido da existência” que se caracteriza como uma pulsão universal, embora encontre as mais diversificadas respostas. Em outras palavras, se Pedro, Tiago e João são capazes de “deixar tudo e seguir a Jesus”, é porque essa exigência de suas personalidades (a busca de sentido) foi aplacada mediante o fascínio totalizante que Jesus de Nazaré havia exercido sobre eles.

É inegável que encontrar o sentido para a existência humana é uma exigência de nossa personalidade. Mesmo o sujeito que diz “a vida não possui sentido” acabou de professar um dos possíveis sentidos para ela. Quer acreditem que o sentido da vida seja uma responsabilidade de cada pessoa (como os filósofos existencialistas), quer acreditem que o sentido da vida é objetivamente verificável em alguma religião, filosofia ou ideologia, viver em conformidade com isso é um poderoso elemento de integração da personalidade. A anomia de viver num “mundo sem sentido” ou de “perder o sentido da existência” é sempre um fator de desintegração do ego. O suicídio, em média, permanece como um ótimo exemplo disso.

O seguimento de Jesus, para além de seus aspectos objetivos, resolve um dilema subjetivo ao posicionar Pedro, Tiago e João num lugar específico no mundo: “vocês serão pescadores de homens” (v. 10). O peculiar do episódio narrado é que esses pescadores já exerciam o que hoje chamamos sociologicamente de papéis sociais. Eram pescadores. Entretanto, como podemos ver, os papéis sociais nem sempre se prestam a integrar a personalidade e aplacar a sua exigência por sentido. Se assim fosse, Pedro, Tiago e João teriam permanecido no exercício de sua atividade. Abandonaram-na porque foram expostos a um apelo maior que relativizou tudo o mais. Abandonaram-na porque foram fisgados por um fascínio incomum e extra-ordinário, porque totalizante.

Conclusão

O caminho de Jesus é uma proposta para encher a vida de encanto. É um caminho que nasce do encanto, do espanto, e de uma fascinação que chamamos de totalizante, e que se traduz numa entrega existencial capaz de “deixar tudo” a fim de segui-lo.

A maioria daqueles que entre nós abraçou o caminho de Jesus e se inscreveu na vereda do discipulado, o fez pelas diferentes vias institucionais. E eis aqui um dilema não confessado, mas presente e real. Pois o próprio Jesus de Nazaré fez seu caminho histórico desatrelado das formas institucionais da religião em seus dias. Seu movimento foi periférico, marginal, desviante e subversivo. A palavra servindo à vida, o discipulado de iguais (mulheres e homens), a intimidade não-mediada com o Abba, a legitimidade da experiência de fé dos “pagãos”, a percepção de um Deus visível no cotidiano do povo pobre, e muitos outros elementos da práxis de Jesus de Nazaré são todos exemplos claros do caráter subversivo de sua proposta.

O elemento fascinante de sua práxis compõe a arché (o princípio) do discipulado daqueles que iam abraçando seu caminho. Uma vez que nesse caminho não existem os rigores e as obrigações institucionais (lembremos, é esse o espírito que mantém viva a dinâmica institucional), o fascínio acaba sendo uma das forças que mantém viva a esperança do Reino de Deus. Nesse sentido, os Evangelhos constituem o testemunho de como Jesus de Nazaré manteve coeso por meio de atos fascinantes um grupo de homens e mulheres crentes.

Nossa confissão sincera é a de que não é nada fácil atualizar essa experiência no interior da instituição. A lógica desta é outra. Seus vícios são poderosos e seus ranços já mortificaram boa parte daquilo que deveria ser expressão espontânea de um discipulado vibrante e alegre, cheio de vida e de amor verdadeiros.

A despeito disso tudo Jesus de Nazaré e seu caminho permanecem fascinantes. Homens e mulheres, ainda que na realidade institucional de suas igrejas, podem à luz de tamanho poder encher sua espiritualidade de amor, de vida e de alegria. O fascínio totalizante mediado pela palavra e pelo milagre (entre os quais o maior de todos é o da Graça) pode infundir nova vitalidade ao caminho que abraçaram. Homens e mulheres cujos papéis sociais não satisfazem a exigência de suas personalidades por sentido, ainda podem dar nova e plena orientação às suas existências.

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