terça-feira, 24 de abril de 2012

UM ANO DEPOIS...


Na próxima terça-feira (01/05) eu e Patrícia completaremos um ano na Igreja Batista do Pinheiro (IBP). Temos duas sensações que parecem contraditórias: o tempo passou muito rápido, mas sentimos que pertencemos a essa comunidade há muitos anos. Não estávamos na IBP, mas parece que a IBP já estava em nós há muito tempo. Gostaríamos de dizer aqui o quanto estamos felizes, depois de um ano, em fazer parte dessa comunidade Batista tão especial.
Não podemos negar todo temor que nos invadiu quando recebemos o convite para fazer parte da IBP. Pastoreávamos uma pequena igreja que nos amava e a quem amávamos. Vivíamos em paz com todos, sem conflitos e sem pressões. Por que mudar? A IBP era uma comunidade “famosa”, por sua história e pelos pastores que por aqui passaram. Era uma igreja, pensávamos, da classe média, diferente da igreja de onde víamos, pertencente à periferia. A IBP era pastoreada por um casal diferenciado pastoral e teologicamente. Quão difícil foi fazer essa decisão!
Hoje, depois de um ano por aqui, sentimos uma leveza, uma alegria e uma paz que só podem ser frutos do Espírito Santo. Descobrimos que essa comunidade é mais comum do que pensávamos. Descobrimos que ela é ao mesmo tempo progressista e tradicionalista, libertária e conservadora, profética e sacerdotal. Descobrimos uma comunidade plural do ponto de vista sócio-econômico, intelectual e espiritual. Há muita gente aqui com “sede de justiça”, e há muita gente cuja fé é intimista, apenas voltada para os seus próprios dilemas.
Depois de um ano podemos dizer: o diferencial positivo da IBP está na aceitação da pluralidade, ao passo que na maioria das igrejas evangélicas impera a uniformidade imposta, disfarçada de unidade.
Depois de um ano, estamos encantados com isso tudo! Estamos encantados o amor, com o respeito, com o cuidado e com o acolhimento que aqui encontramos. Nosso sincero sentimento depois de um ano é de profunda alegria e satisfação. Hoje temos absoluta certeza que fizemos a opção correta, e que a mesma foi coordenada pelo Espírito de Deus. Que o Espírito do Senhor continue a nos guiar, como indivíduos e como comunidade. Afinal, “todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Rm 8,14).
Pr. Paulo & Patrícia Nascimento
* Texto do boletim dominical da IBP em 29/04/2012.

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